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Apelido
  DarkSeid
Função
  Mentor do projeto, mente maligna e insana e escritor.
Personagem
  Joshua Kasdum, Templário

Apelido
  Guinnyn Nightshade
Função
  Co-autor, palpiteiro, piadista e revisor do texto.
Personagem
  Byron, Ferreiro
 
..:: CAPÍTULOS ::..
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  II - O Garoto, parte 1
  III - A Paliçada, parte 2
  IV - O Garoto, parte 2
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segunda-feira, julho 25, 2005
Capítulo VI: Heróis
 
Era manhã na cidade dos Arqueiros, e como era de costume, a cidade estava parcialmente escondida no nevoeiro formado pela serração. Payon estava incrustada no meio das serras que ficavam entre as planícies e desertos no meio do continente e o mar, onde o terreno acidentado impedia o maior avanço da civilização, e natureza verdejante proliferava. Toda manhã o vento humido que soprava do mar, ao entrar em contato com o clima mais frio da serra criava o nevoeiro que impedia que os raios do sol que nascente tomassem conta plenamente da cidade. Não que isto fizesse muita diferença para o povo da cidade, que na maioria estava acostumada a acordar antes mesmo da alvorada. Em sua maioria, eram caçadores e outros que se dedicavam a arte do Arco, saindo cedo para trazer para casa o sustento e, com alguma sorte, o almoço e o jantar. Entretanto, ao contrário do que possa parecer, a região tinha o solo muito fértil e o clima favorecia o cultivo de diversas frutas, os vinhedos e pomares se espalhavam pelos morros. Payon era muito conhecida pela qualidade de suas frutas e dos sucos que produzia e exportava para outras cidades de Rune Midgard. O cultivo e a caça faziam parte da cultura daquele povo desde a fundação da cidade, e ela podia ser considerada à primeira vista idílica, principalmente sob a luz da aurora, e com o coro suave das lavradoras que caminhavam juntas para os vinhedos cantando antigas cantigas, mas como muitos outros lugares do continente tinha seu aspecto sombrio por debaixo da serenidade da vida cotidiana.

Nesta manhã enevoada, um garoto de corpo esguio e expressão matreira que devia ter por volta de 10 anos de idade, caminhava despreocupadamente pelas ruas da cidade. Admirava de longe o telhado do palácio da cidade, e como sempre, adorava ver como a luz do sol, que já começava a repelir a névoa, refletir nas telhas de ardósia do majestoso prédio gerando pequenos arco-iris na umidade da neblina. Ele usava uma camisa branca de algodão e calças curtas de couro, carregava nas costas um vara de pesca e um bolsa de couro curtido. Esse garoto era um dos poucos órfãos que viviam na cidade, sem moradia certa, que dormiam onde eram acolhidos e faziam pequenos serviços para sobreviver, principalmente no palácio, onde ajudavam os servos nas tarefas em troca de comida e algum zenny. Este órfão em particular tinha fama de ser arredio e independente: até aquele momento, ele havia já fugido da casa de duas famílias que o acolheram e recusou um sem numero de pedidos de adoção. Apesar da aparência esquálida, ele tinha braços fortes e era trabalhador e até bastante honesto, mas por sua fama, muita gente o evitava. Era um Forte e tinha um amigo verdadeiro.

O garoto parou na frente de umas das casas da vila, largou a vara e a bolsa num dos cantos do jardim, e se esgueirou até o fundo da casa, como quem quer ser furtivo, mas sutil com um touro. Parando na frente de uma das janelas do segundo andar, tirou do bolso um seixo que havia pego no jardim e jogou-o na janela uma, duas vezes, mas ninguém apareceu. Na terceira, usou força demais e arrebentou um dos vidros com estardalhaço.

- Arre, ferrou!!!. - O garoto colocou as mãos na cabeça, e deu um passo atrás, sabendo que aquela janela quebrada iria colocá-lo em outra encrenca. Isso até sentir alguém colocar a mão em seu ombro, o que fez ele dar um pulo de susto, girando no ar e cerrando seus punhos pronto para a briga, mas se tranqüilizou ao ver quem era: outro garoto, cabelos vermelhos, um pouco mais baixo que ele e rosto sardento, aparentando uns 8 anos de idade, usando uma camisa xadrez e calças de tecido grosso, que pareciam grandes demais para ele, o suficiente para ele ter de dobrar a barra. Em uma das mãos o garoto ruivo tinha também um vara de pescar. Ele esfregou os olhos como se tivesse acabado de acordar, olhou na direção da janela quebrada, e arregalou-os enquanto dizia.

- Caramba!!! Magro, eu vou levar a culpa disso!! - Disse boquiaberto. Começavam a ouvir vozes vindas de dentro da casa, e pelo tom delas os garotos sabiam que seus donos não estavam nada contentes.

- Vambora Ruivo!!! Se seus pais pegam a gente aqui, já era!! - Falou o garoto magro, e ambos saíram correndo para a frente da casa. Em um movimento, o garoto mais velho pegou seus apetrechos no jardim, e correram como se tivessem o Lobo Errante no encalço deles e, por um momento, assim que o pai do ruivo saiu de casa, podiam até mesmo ouvi-lo
.
- Saaaacoooooooooo.... - Por que você fez isso Magro?? Droga, nós não tínhamos combinado de nos encontrar no jardim dos fundos?! - Disse contrafeito o jovem sardento.

- Uá, você não apareceu, então achei que você ainda tava dormindo e tentei te acordar.... - Disse o outro dando de ombros.

- Foi VOCÊ que demorou!! Demorou tanto que eu acabei dormindo no jardim!! - Respondeu emburrado o ruivo.

- Ahh tá... Bem, já que seu pai vai arrancar mesmo a sua pele para fazer bainha de espada... Vamos aproveitar enquanto você ainda esta livre, leve e solto! O ultimo que chegar no mirante é um Poring Perneta!!! - Berrou o Magro e disparou na corrida.

- Trapaceiro!! Você vai ver, magro!! Você me paga!! - Seguiu o outro de cara fechada.

Os garotos passaram a manhã inteira pescando na beira do riacho que passava pela entrada da cidade, mas não conseguiram absolutamente nada. Magro, com água até os joelhos, resmungava:

- Esses peixes são os maiores looters! Tão levando todas as iscas embora....

- Tá então... Você devia então experimentar usar um Hode como isca então. Pelo menos os peixes iam ter trabalho pra roubá-lo do anzol. - Disse o garoto Ruivo que já tinha desistido de pegar qualquer coisa e encontrava-se deitado à sombra de um pinheiro próximo à margem, os braços cruzados debaixo da cabeça e mascando um talo de grama.

- E você duvida que eu consiga pegar um? - Respondeu com um sorriso.

- Não duvido... Você é doido o suficiente para tentar... E vai acabar virando comida de Minhoca Gigante.

O Magro saiu da água ainda emburrado por ter perdido as iscas e não pego nada. Andou descalço pela areia da margem até a grama, subiu pelo barranco e sentou-se, esticando as pernas para secar ao sol. Ruivo aproximou-se ainda com o talo de grama na boca e sentou ao lado do outro.

- Magro...Voce vai mesmo para a Academia?- o ruivo perguntou.

- Mas é claro que eu vou!! Pode ter certeza que ficar aqui e plantar uvas é que eu não vou!! E você? - Questionou o garoto mais velho.

- Não sei... - Começou o outro.

- Como assim, "não sei"? Seu pai é um Espadachim, Ruivo!!! No mínimo você tem de virar cavaleiro!! - Berrou o garoto.

- Mas eu não sei mesmo... acho que eu... VOU SER PIRATA!!!! - Deu um pulo e ficou de pé na beira do barranco. - Viajar pelo mundo, Pilhar e Estripar!!! - Completou.

- Pirata!? Fala serio, ruivo. Não existem mais piratas vivos há muito tempo! Estão todos dependurados pelos pés na saída de Alberta... - Disse o Magro com uma careta. - Não sei o que vou ser, só sei que eu não vou ficar preso aqui! Hey não esta quase na hora do Velho chegar?

Ambos se levantaram de um pulo e pegavam suas coisas para sair quando, de repente, ouviram um assobio baixo, mas estridente. Nunca tinham ouvido um som daqueles na vida e, mesmo que tivessem, com certeza não estariam preparados para o que ia acontecer. Do nada, a uns dois metros acima deles, houve uma pequena explosão de luz, e mais que de repente ambos foram atingidos por algo caindo em cima deles do nada, com um baque surdo.
.
O Magro levantou a cabeça e olhou devagar de um lado ao outro, tentando avaliar o que aconteceu. Sorriu maroto quando viu a garota, aparentando uns quinze anos, que havia caido atravessada sobre ele. Ela usava um vestido longo de cor clara, tinha o cabelo castanho claro e comprido preso num rabo-de-cavalo, deixando aparente suas... orelhas de Elfa. Não parecia ter se machucado, já que o Magro havia absorvido o grosso da queda com seu robusto ainda que esguio corpo. Olhou para seu companheiro e viu que ele estava engalfinhado com alguém... ou alguma coisa.

- Ei!! Tira isso de cima de mim! - O garoto mais novo tentava a todo custo sair de baixo de um Orc, não muito maior do que ele mesmo, e talvez bem mais novo. A criatura também tentava se desvencilhar desajeitadamente e acabava cada vez mais embolado com o Ruivo, o menino tinha certeza que que o bicho estava rindo dele. O Magro já havia se levantado, carregando a garota no colo, e ainda com o sorriso de orelha a orelha. A garota, ruborizada pela situação, disse:

- Ahn... Você já pode me por no chão, moço... Eu estou bem. - Disse ela quase num sussurro.

- Tem certeza? Mesmo? Olha lá, hein? Você pode ter se machucado na queda e está aí se fazendo de forte. É isso mesmo que você quer? Eu não tenho problema algum em te carregar pra onde você quiser. - O magro abriu um largo sorriso. A menina, ainda mais encabulada, limitou-se a desviar o olhar para o chão. Entendendo o recado, ele deixou-a ir suave. - Por mim tudo bem, então, senhorita...

A menina sorriu encabulada para o magro, que ia emendar alguma gracinha, mas foi interrompido pelo Ruivo que esbarrou nele gritando enquanto corria:

- Ei!! Essa coisa quer me morder!!! Xô! Passa fora! - Fugindo do orc, que o perseguia rosnando, o Ruivo pela primeira vez olhou para o rosto da menina-elfa, fazendo-o parar tão repentinamente que o orc quase trombou com ele. O ruivo sentiu seu coração disparar e eu mundo cair:

- Nossaaaaa... vocêêê... é linda.... demais... - Disse ele, esquecendo completamente do orc.

- Caramba, Ruivo! Larga a mão de ser desastrado.... - Resmungou o Magro, dando um sonoro tapa na testa.

- Ahhn... Obrigada, eu acho. Você também e muito cutchi-cutchi, ruivinho... Ah, e não se preocupe com o ORKUT, ele é o meu Pet. Ele é bem educado, não morde e já tá vacinado. - Disse ela com um sorriso sincero, enquanto o Orc rosnava ameaçadoramente para o ruivo..

- Mas... como foi que você apareceu no meio do ar, assim do nada? - Perguntou o Magro

- Ahh... É que eu me tornei Noviça não tem muito tempo, então eu fui treinar Teleporte... Mas pelo visto preciso treinar mais.. - Só depois que a garota falou que os garotos perceberam que ela vestia os mantos cor creme da Igreja da Ordem da Luz de Prontera.

- Aaahn, táááá... - Disseram ambos ao mesmo tempo.

- Bom, obrigada pelo resgate, meninos, mas eu tenho de ir... tchauzinho. - Ela piscou para o magro e se afastou deles, andando devagar.

- Uiiiiaaa... Mas o que foi isso, magro? - Perguntou o Ruivo, ainda babando pela noviça.
- Meu charme....hehehehe - Respondeu o garoto mais velho. De repente, os dois ouviram um estalo surdo, e o barranco onde estavam cedeu, cairam os dois dentro dá água, rindo.

Os dois se levantam, encharcados, e deitam-se na margem do rio. O ruivo cruza os braços debaixo da cabeça, solta um suspiro, e diz

- Putz grila, mas eu sou um azarado mesmo... uma janela quebrada que vai me render um belo pito dos meus pais, molhado até os ossos, e logo no dia em que resolve chover elfas...

- No teu colo cai um orc! - emenda o magro, e os dois caem na gargalhada.

Quando estão razoavelmente secos, eles recolheram suas coisas e foram se sentar na escadaria do Palacio. Mal haviam chegado e sentado durante alguns minutos, quando começaram a ouvir vozes, de outros garotos que começavam a chegar ao mesmo local que eles. No meio do tagarelar incessante das crianças, eles distinguiram um assunto bastante interessante:

- Eu tô falando, cara! Ele cortou o bicho em dois com um golpe só! - Disse um deles.

- Um golpe? Só um? Ele detonou trinta bichos com uma mão e ainda salvou uma velhinha com a outra!!! - Contou o segundo.

- Vocês não sabem de nada mesmo, manés... Ele pegou um Phreeoni no braço e ainda fez ele pedir penico!!! - Disse o terceiro com um careta.

- Mas de quem vocês estão falando? - Perguntou o Ruivo.

- Ora, de quem mais poderia ser? Você vive mesmo no mundo da lua, hein, Ruivo? Do L0BB0, o Espadachim!! - Disse o Magro.

- Ah tá... O GUERREIRO QUE LUTA EM NOME DO AMOR E PELA JUSTIÇA E PUNE OS MAUS EM NOME DA LUA!!!! - Berrou o Ruivo, levantando-se empolgado.

- Sim, ele mesmo! Ouvi dizer que quando ele era garoto, mataram os pais dele, aí ele resolveu buscar a justiça e lutar com a corja de criminosos covardes e supersticiosos!! - Disse o primeiro garoto do grupo.

- É ele mesmo...ouvi dizer que ele não é nem Humano... - Começou o segundo ao mesmo tempo.

- É sim, dizem que ele é filho de um deus aí. - Atalhou o terceiro.

- Que nada, cês tão tudo errado! Ele caiu numa fazenda quando era só um bebê, vindo do céu num barco de metal!! - Disse o Ruivo.

- Não é nada disso!! Dizem que um Andarilho amaldiçoado mordeu ele quando estava caçando, e ai ele ficou com os poderes do Andarilho e... - Voltou o primeiro garoto

- Mas Andarilhos não mordem...- Disse o Magro.

- Nãããão... Falam por aí que ele era um Mago... E ele criou uma magia muito poderosa, chamada "A IRA GAMA"... Só que quando ele foi testar ela, ela explodiu na cara dele.. ai toda vez que ele se irrita, ele ... incha... fica enorme... E roxo. Roxo de cabelos brancos... -Disse o segundo.

- Nadaaa... Ele é a reencarnação do "Espadachim Chaos"!!! - Disse o terceiro.

- Vocês é não sabem de nada MESMO... Ele é meio-humano e meio-monstro, filho de uma sacerdotisa com um MVP, possivelmente o Doppleganger, e ainda mais, dizem que um bruxo aproveitou de ele ser assim e fez uma experiência com ele para ele ser o primeiro humano a andar Sozinho em outro Planeta!!! Ele é um Quimera!!! - Disse o Magro, empolgado.

Toda a audiência olhou para ele, alguns coçando a cabeça, confusos. Normalmente o Magro era o que mais forçava quando contava alguma historia, mas nunca era possível saber se ele estava falando a verdade ou não, tanta a empolgação dele.

O L0BB0, ou melhor, sua fama, havia surgido há menos de um ano, primeiro nas redondezas de Prontera, mas estas histórias viajaram muito rápido e agora elas corriam soltas pelo continente. Mesmo com o pouco tempo em que se acreditava que ele teria deixado a academia de Izlude, ele já havia acumulado muitos feitos e grande reconhecimento, e com certeza ele deveria ser um guerreiro extraordinário.

Um garoto, recém unido ao grupo, de repente, tirou um pergaminho amarrotado e desgastado pelo manuseio, de dentro das calças e gritou:

- Há! Morram de inveja todos vocês!! Eu consegui a mais recente edição Ilustrada do A.C.L., "Aventuras do Cavaleiro L0B..." - Antes mesmo de terminar a frase, o bando de garotos pularam em cima dele, tentando tomar-lhe o pergaminho que, pela força e tamanho, acabou nas mãos do Magro, ele sabia fazer valer sua vontade. Ele se sentou na escadaria e abriu o pergaminho, enquanto todos os outros garotos se juntaram ao redor dele e começaram ver as figuras contidas no pergaminho, enquanto o Ruivo, um dos poucos ali que sabiam ler, entoava em voz alta as palavras impressas:

"O garboso espadachim de cabelos brancos caminhava pelo amplo salão, observando todos os detalhes: em um dos cantos havia um escrivaninha finamente trabalhada, e no outro uma janela que dava para um bela sacada, e no centro da sala ele a viu. Aproximando-se da Dama de vestido vermelho, ele agarrou-a pela cintura, puxando-a de encontro à sua rígida armadura, ao mesmo tempo em que retirava o reluzente elmo que lhe protegia a cabeça e aproximava o seu rosto do dela. Passando a mão direita pelo rosto delicado da Dama, afastando uma mecha do seu cabelo castanho, ele disse:

- Teus olhos... teus olhos emitem uma luz como a que irradia com o fulgor do cristal refletido à luz do luar... A luz das estrelas são pálidas, perto de ti...Cara Mia... Diga que serás minha esta noite, de corpo, mente e alma, milady...


Ele estava prestes a tocar seus lábios rubros, quando o Alcaide seguido por sua guarda pessoal invadiu o salão, gritando:

- Então sois tu, rebelde imundo, que ousa tocar minha filha! Teje Preso!!!!

Avançaram todos de uma só vez contra ele, enquanto o garboso L0BB0, de um só movimento sacou sua espada, afastando a Dama para o lado com sua mão livre e movendo-se para protegê-la com seu corpo. Logo ele foi cercado por cinco oponentes, ao mesmo tempo que o Alcaide golpeou-o selvagemente com seu sabre num corte de cima para baixo, mas nosso herói aparou-o facilmente com sua poderosa espada, e enquanto a guarnição de fascinoras se preparava para atacar ele repeliu a arma de seu oponente em um movimento circular, e com um poderoso golpe contra o chão gerou uma explosão flamejante, derrubando a corja que acompanhava, ao mesmo tempo em que saltava para o ar, dando uma cambalhota por cima do Alcaide e caindo graciosamente por tras dele, encostando a lamina de sua espada no pescoço do oponente, dizendo:

- Rebelde sois tu, vilão! Rebelaste-te pela ultima vez contra a JUSTIÇA!! Sois um calhorda e como tal será tratado!! Aí, véio, dançô!

- Não, nobre cavaleiro! Por piedade, eu lhe imploro! Não mates meu...Painho!!!! - Gritou a dama de vermelho.

O Espadachim deu dois passos para tras, retirando a lâmina do pescoço de seu oponente, mas não abaixou a guarda.

- Por ti, cara mia, eu o pouparei...por agora. - L0BB0 então correu pela sala, abrindo a janela de um pontapé e preparando-se para saltar por ela, sendo interrompido em sua ação por um grito do Alcaide:

- Arrepender-te-á de não ter-me matado, mané... Chutar-te-ei-lhe o traseiro!! Venha minha fera!!!

O Alcaide acionou uma alavanca secreta junto à mesa. A janela fechou-se de um golpe atras do espadachim, atordoando-lhe com o susto, e duas grades de aço reforçado desceram, uma fechando a janela, e outra cortando a metade da sala, separando a dama e seu pai do galante cavaleiro, que agora via-se preso numa jaula.

Um grande alçapão abriu-se do chão e uma enorme criatura reptilica saiu dele, coberta de escamas tão rigidas que parecia que vestia uma armadura intransponível. Nosso herói sentiu o cheiro fétido exalado pela criatura como uma chicotada em seus sentidos. Aproveitando a brecha, a criatura saltou contra L0BB0, que sentiu o choque contra seu corpo, mas agil que era conseguiu rodopiar em pleno ar, virando a criatura contra a grade em que iria chocar-se, que desabou sob o peso combinado dos gladiadores, e a violência do golpe fê-los passar direto pela sacada, derrubando-os do alto do castelo em direção ao fosso repleto de Anolians, enquanto o heroi acertava ininterruptamente a criatura vil com sua espada, gritando:

- GOLPE FUUUUUULL... MINAAAAAAAAN... TEEEEEEeeeeeeeeeeee....

Conseguirá nosso herói escapar desta vil ameaça?

Não percam nosso excitante próximo capítulo."


- Affe...Ora!! Oras!! Ele... - Começou a esbravejar o Ruivo, atordoado, mas foi interrompido por um voz grave:

- Sim, sim, o senhor L0BB0 é um jovem corajoso sim... Estas historinhas não fazem juz à sua real grandiosidade... Mas mesmo ele apenas segue os passos de outra figura, muito maior que ele mesmo... - Disse um Senhor de cabelos grisalhos que ainda tinham um certo tom esverdeado, se aproximando do grupo apoiado numa bengala. Todos os garotos viraram-se para ele e gritaram:

- Senhor Eléfe!!!

O velho sentou-se mais acima dos garotos nos degraus da escadaria, e todos os pequeninos se voltaram para ele. Era idoso, sim, mas ainda era vigoroso, pois seu corpo havia sido talhado por um vida de aventuras ao redor do mundo, e mesmo na sua aposentadoria procurava manter-se em forma. Muitas outras crianças agora aconchegavam-se como podiam ao redor dele, seguindo-o desde sua casa que ficava em uma colina um pouco afastada do centro da cidade, e todas agora faziam silêncio, esperando ele começar a falar. O velho tinha feito disso seu passatempo, contando historias de seu passado, aproveitando para ensinar ética e bons modos aos garotos. Ele tinha tido um vida intensa, cheia de atribulações correndo o mundo, mas só na velhice Eléfe Santos havia encontrado o que sempre procurou.

- Que historia vai nos contar hoje, Senhor Eléfe? - Perguntou o Magro. O velho olhou para ele, pensou durante um segundo e piscou, falando com um sorriso:

- Pois bem, crianças! Quando eu era jovem, muito, mas muito tempo atraz, eu era um Espadachim. Claro, não tão brilhante quanto o jovem L0BB0, mas era um espadachim de certo modo habilidoso. Eu acabei me tornando um aventureiro, mas não para fazer fortuna como muitos, pois na verdade eu buscava alguma prova de verdade da Lenda do Herói, e acredito que o L0BB0 também o busque hoje; uma prova de que O Maior Herói de Todos Os Tempos realmente existiu...Voces gostariam de conhecer esta lenda, garotos?- Perguntou matreiro.

- Maior mesmo que o Espadachim Chaos? - Perguntou o Ruivo.

-Sim ainda maior que o Chaos! Ele foi o mais justo e mais heróico, um verdadeiro paladino, que lutava por um sonho, e o nome desde paladino era... - Fez uma pausa dramática, observando os garotos boquiabertos:

-Sir Alexander Hottoni, O Nerd...

Depois de alguns 'ohhhhh' de sua audiência, ele continuou:

- E é a Lenda do Maior Herói de Todos os Tempos que irei desvendar para vocês agora... Ela começa assim...

Continua.....

quinta-feira, junho 23, 2005
Capítulo V: Reunião
 
Joshua acordou devagar, com a da luz do sol, que se infiltrava pela única janela da sala, batendo nos seus olhos semi cerrados. Como se olha-se por uma fresta, ele pôde ver o brilho da poeira em suspensão refletindo a luz do sol, sentiu uma dor lacinante como se tivessem acertado suas têmporas com um par de marretas, abriu os olhos repentinamente, sentou-se olhou ao seu redor. No fundo do cômodo, agachado em um canto, um jovem mercador permanecia em silêncio com um barrete surrado puxado sobre os olhos, como se os cabelos esverdeados que lhe cobriam o rosto não fossem suficiente para bloquear a parca luz ambiente. Imediatamente o espadachim soube que a cabeça dele devia estar doendo mais que a própria. Deitado em um dos catres um jovem mago de cabelo loiro resmungava baixinho, enquanto outro mago de cabelos brancos compridos, aparentando ser um pouco mais velho que o resto do grupo, estava sentado de pernas cruzadas ao lado de um noviço que estava muito ocupado embaralhando cartas. Encostados nas grades da cela, dois Gatunos, que a primeira vista poderiam ser tomados por gêmeos se não fossem as cores diferentes de cabelos, cochichavam. Enquanto isso, no fundo da sala, uma Espadachim loira de cabelos compridos e de cara amarrada encarava os outros. O espadachim levantou-se do catre e tirou seus óculos do bolso da túnica, e ao coloca-los, notou que uma de suas lentes estava rachada. Balançando a cabeça em desagrado, passou a mão pelos cabelos, fazendo-se notar na sala pela primeira vez.

- Ahh! Finalmente acordou, hein, bela adormecida? Como se sente Seid? - Disse o Mercador, levantando o barrete dos olhos com o polegar e abrindo um largo sorriso

- Eu me sinto como se um Golem tivesse treinado sapateado minha cabeça, e com certeza acordar e ver essa sua cara feia não ajuda em nada, Byron.- Respondeu o Espadachim, visivelmente mau humorado, e massageando as têmporas. ? E ainda por cima o Golem era um péssimo dançarino.

- MESTRE!!! Quando saímos daqui?- Perguntou o jovem mago.

- Só depois que cumprirmos a pena... Maguinho - Respondeu o Noviço, com um sorriso torcido no rosto.

- Bozo!... Meu amigo, fique quieto. A situação já está tensa o suficiente, não precisamos de comentários como este. - Resmungou o mago de cabelos brancos.

- Não esquenta, Kendrik! Eu o Jav já estamos quase abrindo a fechadura da cela. - Sussurrou o Gatuno de cabelo vermelho enquanto piscava.

- E depois, senhor Holygriever? Como é que nós passamos pela guarnição, lanceiros, arqueiros e sabe-se lá mais o que tiver pela frente...? - Retorquiu a Espadachim de cabelos loiros, que balançava as pernas, impaciente..

- Agnard tem razão, Grivu. Não... - Começou o Mercador, mas foi bruscamente interrompido.

- Espera ai, seu mercador de quinta!! Nem vem querendo apaziguar não, você ainda me deve... - Respondeu a espadachim, cerrando os punhos.

- Calma lá gente!! - Falou o gatuno de cabelos azuis virando-se e esquecendo a fechadura.

- Chega!! Foi por causa desse bate boca que viemos parar aqui! O Javreneiro tem razão, acalmem-se todos. - Joshua berrou, com as têmporas latejando ainda mais. Não que os demais estivessem em melhores condições: Javreneiro estava meio chamuscado, Holygriever com um olho roxo, Byron cheio de hematomas, o próprio Joshua com um galo enorme na testa, o Kendrik com o braço numa tipóia e o jovem mago na catre com um rasgo enorme no manto e com um hematoma na nuca. Todos estavam de alguma forma machucados.

- Catzo! Como foi que nós nos metemos nessa encrenca...? - Murmurou o Espadachim para si mesmo.

-Ahhhh!! O golpe na cabeça foi forte mesmo, hein, mestre? Foi culpa aquele Arqueiro metido... Deixe-me contar... ? Emendou o jovem Garou, sentando-se e respondendo, ainda que sem ser solicitado, ao seu mestre.

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Dez horas antes...
Joshua e seu grupo haviam chegado a Capital aquela tarde, depois de um expedição de caça, Holygriever, o gatuno velho conhecido do espadachim; Davi Garou, seu autoproclamado discípulo; Byron, o mercador; e Agnard, a jovem e intempestiva espadachim que havia resolvido acompanhar o grupo meramente por não querer tirar os olhos de Byron, por conta de uma divida.

Eles haviam passado uma semana caçando no túneis submersos da ilha de Byalan. Não fora um serviço muito arriscado e os ítens acumulados prometiam um bom lucro. Nada espetacular, mas o suficiente para o Mercador se ocupar durante alguns dias. Desembarcaram em Izlude, um dos principais portos de Rune Midgard e cidade-sede da Guilda de Espadachins, e dali rumaram para Prontera. Após uma tarde frutífera em termos de vendas, todos; exceto Agnard; resolveram descansar um pouco e, principalmente, comemorar. Na periferia da capital havia um bar que eles costumavam freqüentar, o ?Poring Saltitante?. O dono costumava se gabar daquele ser um estabelecimento bastante tranqüilo, mas sempre passava a mão pela cabeça de nervoso quando via Byron no bar. Não que o Mercador fosse um arruaceiro, mas era alguém que costumava se exceder, e muito, na diversão.

Joshua, como de costume, sentou-se em um canto mais reservado, com uma caneca de vinho na mão, perdido em seus próprios pensamentos. Enquanto isso, Byron conversava animadamente com Holygriever sobre futuros projetos, alguns envolvendo bons lucros. Ao ser mencionada esta última palavra, Agnard, com certeza já um pouco alterada pela bebida, subitamente berrou:

- Já chega Byron! Você me deve uma boa grana há meses! Eu só acompanhei vocês para ver se dava pra recuperar o prejuízo que você me deu! Acho bom você me pagar logo, antes que torre todos os zenny que suamos pra ganhar em birita!! ? ela ameaçou.

Byron sorriu de esguela, com um ar matreiro, e já ia se preparando para retrucar, quando um estranho entrou pela porta da taverna, falando alto e chamando muito a atenção. Parecia ser um arqueiro pelas suas vestimentas, tinha cabelos verdes um tanto desgrenhados, e aparentava não ser mais tão jovem assim..

- Bah! Já chego e me espalho, nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho!! - disse o estranho, com um sotaque carregado, bastante peculiar. Ele observou a cena que se iniciava e emendou sem pestanejar:

- Há!! Muchacho, eso lá san muedos de tratar a una dama? Se jo no lo tivese hecho um voto para mi deusa padroera de no luchar até que se quedáse lo dia de la procissión, jo le mostraria que és de cojones que un hombre és hecho!. - Disse o homem, apontando para Byron.

Ele virou-se com um sorriso torcido no rosto, indagando-se quem era o maluco; Agnard apenas olhava para ele, espantada e ainda meio aturdida pelo vinho; Holygriever apenas deu um passo para trás; Joshua apenas passou a mão pela têmpora, já prevendo problemas. O dono do bar passou a mão pela cabeça nervoso.

-Sei, sei... - retruca Byron, estalando os dedos - Que tal parar com tanta conversa e vir me mostrar que 'cojones' são esses, velho fanfarrão!

O arqueiro o mediu de alto a baixo e explodiu em um risada.

-HAHAHAHAHA!!! Usted és un joven de muy fibra, jo lo rocoñoco! Pago-te enton una "cervessa" e fique-mo-nos em paz? Mas jo solamiente lo acecho se usted le pedir desculpas a esa jovem guapita, e solamiente se ela me acompañar en una tassa del vino! - Disse ele, com clara intenção de apazigar os ânimos, mas ao fundo uma voz empolgada se fez ouvir, graças ao silêncio formado pela atenção dada ao provável embate.

- Há! Olha ai, minha gente... o velhote arregou! Ganhei a aposta, podem ir pagando!!! - Disse um cavaleiro do fundo do salão, batendo na mesa e se levantando.

Ele era alto, e usava o brasão de uma guilda bordado na sua túnica. Byron reconheceu o emblema como sendo dos "Joselitos Unidos". As guildas fazem parte do sistema de milicias que protegem a cidade; alguns aventureiros se organizavam em grandes grupos e ao oficializar-se com guilda, tornavam-se responsáveis pelo cumprimento das leis do reino em setores designados a eles das maiores cidades do continente. Ainda que estivessem subordinados à guarda de cada cidade, cada guilda cuidava de seus próprios negócios e, por isso, nem todas tinham boa fama. O Cavaleiro se aproximou de Agnard, segurando-a pelos ombros, e fazendo cara de sedutor; ao menos era o que ele pensava; disse:

- Doce senhorita, por que não deixas este AJUNTE de fracassados e faça-nos companhia...hummm... gostosinha? - Ele disse isso, passando a mão esquerda pelo rosto da espadachim.

Joshua bateu a cabeça na mesa duas vezes, Holygriever levou a mão à testa com um sonoro "SLAP!" e Byron apenas sorriu. Mas seu olhar dizia que ele não estava exatamente feliz...

- Hombre... Usted non deveria faltar com lo respecho à la señorina....- Começou o arqueiro.

- Há!!! Eu faço o que quero, malandro!! - retrucou o cavaleiro, apalpando a jovem por trás num lugar mais... delicado.

O jovem Garou, que tinha permanecido em silencio até aquele momento, levou as mãos à cabeça:
- Eita... Agora fedeu a mariola...
.
Agnard passou seu braço para trás, segurando delicadamente a mão do cavaleiro, ainda de costas para ele. Então, subitamente, ela apertou firme o dedo mindinho dele, torcendo-o ao mesmo tempo em que se virava. Ela o pressionou um pouco mais, causando tanta dor ao cavaleiro que ele se ajoelhou no chão.

-Ora ora, vejam só...Realmente é um cavalheiro, até ajoelhou-se... - disse ela com um sorriso.

- Sua, sua...vagabunda... eu vou...- começou o cavaleiro, sendo bruscamente interrompido por Garou.

- Olha a boca suja!! - berrou o jovem mago, levantando-se da mesa

- Cale-se, peste. - Sussurrou um Mercenário que apareceu do nada do lado de Davi e aplicou-lhe um golpe rápido e seco na base da nuca. Garou caiu para a frente, esparramado sobre a mesa, enquanto um segundo cavaleiro aproximou-se da confusão, chutando o joelho de Agnard, que se curvou para a frente e acabou largando o dedo do primeiro cavaleiro.

- Oh, FEZES!! A gente não pode portar armas na cidade, certo, mas não tem nenhuma lei que impeça a gente de BAIXAR A PORRADA, né? - Berrou Byron, juntando as mãos e, girando o corpo, atingindo o rosto do cavaleiro que tentava dominar Agnard como se fossem uma marreta, arremessando-o para traz e fazendo-o atingir duas mesas atrás dele. Ao mesmo tempo, Agnard, agora livre, acertava um belo chute entre as pernas do primeiro cavaleiro que a havia bolinado. Ajudando-a a se levantar, Byron então arregaçou as mangas do folgado camisão de Mercador, exibindo músculos bastante desenvolvidos, tanto ou mais quanto os de um espadachim. Estalando o pescoço e abrindo um largo sorriso, ele se vira para a espadachim ao seu lado e diz:

- Eu ADORO quando aparece esse pessoal que acha que Mercador só presta pra vender, eheheh... Você tá bem, moça?

- NÃO ME SEGURA!! NÃO ME SEGURA QUE EU QUERO ENFIAR A MÃO NESSE CAVALEIRO ABUSADO DOS INFERNOS!!!

Byron abre ainda mais o sorriso.

- É, você tá mesmo bem. E BORA NÓIS! - Ele grita, pulando pra cima do cavaleiro que já estava novamente de pé e avançado pra cima deles.

- DAVI!! - Joshua grita, ao correr para ver o estado de seu jovem pupilo. Aliviado, ele nota que o Sin havia-o golpeado forte, mas evitou causar danos permanentes no garoto. Se foi de próposito ou não, ele não tinha como saber. Joshua levantou o rosto e olhou para o Sin que, encostado no balcão com uma caneca de cerveja segura displicentemente na mão, divertia-se com a preocupação do espadachim. Levantou-se e olhando nos olhos do Sin, perguntou irado:

- POR QUE... VOCÊ... FEZ... ISSO!? - Sua voz era intensa mas soava fria e, cerrando os punhos, deu dois passos à frente, na direção de seu oponente.

- HAHAHAHA ...Simples, meu caro. Porque eu POSSO fazê-lo. E você... Você simplesmente não pode fazer nada a respeito... Pequeno swordie... Você não é bom o bastante pra sequer relar um dedo em mim. E nunca vai ser. Huhuhuhu... - Disse sarcásticamente o Sin, sendo interrompido por um soco no maxilar.

- SHORUYKEN... Ãaaannnn ....quer dizer, GOLPE FULMINANTE!!! - Enquanto o Sin ria de sua superioridade, Joshua havia dado mais dois passos à frente, fechando o espaço que o separava do arrogante Sin, e, girando seu braço de baixo para cima quase rodopinado o corpo e aumentando a potência do golpe com a impulsão das pernas, acertou um poderoso soco no queixo do Sin, jogando-o nas prateleiras cheias de garrafas atrás do balcão, quebrando tudo, para desespero do Dono do Bar.

Nesse momento, alguma coisa pesada acertou Joshua pelas costas, jogando-o contra o balcão. Virando-se, ele viu um ferreiro com o dobro de seu tamanho, largando no chão os restos de madeira do que tinha sido uma cadeira, espumando pelo canto da boca, acompanhado de um sacerdote e um bruxo. Ambos não eram uma ameaça grande, já que a mesma lei que impedia o uso de armas na cidade também impedia que quaisquer usuários de magia usassem feitiços de maior poder. Mas o Ferreiro, que já buscava outra cadeira, esse sim era uma ameaça. Joshua partiu pra cima dele, enquanto Holygriever se aproximava sorrateiro por trás da dupla de usuários de magia, que observava seu amigo forte engalfinhado com o pretenso swordie, e com uma rasteira e uma chave de braço, imobilizou o sacerdote.

A esta altura, o bar já estava totalmente mergulhado na confusão. Mesmo quem não tinha nada a ver com a briga inicial já estava envolvido. O bruxo conjurava uma versão fraca de Lanças de Fogo para libertar seu amigo sacerdote do agarrão de Holygriever, mas um outro gatuno, tomando partido do "colega" de profissão tentou quebrar sua concentração, dera-lhe um tapa. Infelizmente, a unica coisa que o mago fez foi se virar para o novo alvo e disparar a seta flamejante, que atingiu o peito do gatuno, fazendo-o derrubar dois cavaleiros que trocavam socos; ambos dos Joselitos Unidos, por sinal; atrás deles. Ao mesmo tempo, o sacerdote livrou-se da chave de braço de Holygriever e invertia as posições, socando o rosto do Gatuno no mesmo movimento. Até mesmo um mago e um noviço, que estavam sentados calmamente numa mesa do canto jogando cartas antes da confusão, agora estavam trocando sopapos com outro cavaleiro dos Joselitos Unidos.

Um dos cavaleiros o que iniciou a confusão toda havia conseguido nocautear Agnard, e Byron, mesmo ainda engalfinhado com o outro cavaleiro, partiu pra cima do outro ao ver a espadachim caída no chão. Apesar da desvantagem obvia, o jovem mercador estava dando conta de seus dois oponentes, pois ao que parecia eles não eram tão fortes ou mesmo tão resistentes quanto Byron. Joshua, no entanto, estava com as mãos ocupadas, socando o Ferreiro, lutando ao seu modo, absorvendo e aparando os golpes, procurando cansá-lo para então poder derruba-lo. Um outro cavaleiro chegou para ajudar o sacerdote, e ambos arremessaram Holygriever por cima do balcão do bar, derrubando novamente o Sin que estava se recuperando do soco de Joshua. O outro gatuno havia acabado de pular para trás do mesmo balcão, a fim de se proteger do bruxo, e ao dar de cara com Holygriever, percebeu que se não fosse a cor de cabelo, ambos poderiam ser tomado como gêmeos. Passado o susto inicial, deram de ombros, acenam um para o outro, e pulam de volta sobre o bar, derrubando o sacerdote e o cavaleiros, pegos de surpresa quando iam verificar suas presas e, possivelmente, ver o loot que produziriam. Joshua tinha conseguido imobilizar o Ferreiro com um chave de braço, mas foi atingido por um golpe brusco na testa, que o derrubou no chão.

Vários soldados da guarnição da cidade entraram no bar, acompanhados do dono do estabelecimento. Começaram a separar as brigas individuais na base de gritos e golpes de bastão. Quando a ordem mais ou menos se estabeleceu e vários dos brigões estavam sendo seguros, o líder da guarnição gritou:

- TODOS PARADOS!

O bar inteiro parou, à exceção do mago de cabelos brancos, que, aparentemente impossibilitado de interromper a magia no meio, acabara de prender o Sacerdote num cubo de gelo, graças a uma Rajada Congelante, e olhando para o lider com uma expressão de "desculpe, não tinha como parar essa".

O cavaleiro que começou a confusão toda, se soltou dos soldados que o continham, mostrando seu emblema de guilda. Nisso, todos os outros Joselitos Unidos foram soltos, mas os outros que não portavam um emblema de guilda permaneceram presos.

- "Está tudo bem, Capitão, a gente só estavamos ensinando uma lição Nesses moleque arruaceiros."- Disse o lider da guilda, com um enorme sorriso arrogante nos lábios - "Aqui é a jurisdição da gente, mas como eu sou muito bonzinho eu vou deixar vocês cuidarem desses quebradores da lei aí."

- Nem saber falar direito ele sabe e ainda se diz lider de guilda... - Byron resmungou, enquanto quatro soldados o seguravam. O outro cavaleiro, com um olho bastante inchado e o nariz numa posição estranha, pegou o bastão de um dos guardas, e com um golpe seco na cabeça, desacordou o mercador.

- Vambora, pessoal! A gente já tamos atrasados! - Gritou o cavaleiro líder da guilda. Após todos os seus companheiros de guilda sairem, ele passou perto de Agnard, deu um tapinha na bunda dela e disse:

- A proposta ainda esta de pé...Gostosinha.

Agnard avançou pra cima dele com tanta ferocidade que os dois guardas que agoram estavam livres de ter que segurar o mercador desacordado foram contê-la.

- SEU CANALHA DESGRAÇADO! EU VOU... - ela vociferava, segura pelos quatro guardas. Um outro puxou de seu bastão, e do mesmo modo que haviam feito com Byron, a golperam dexando-a inconsiente.

- Muito bem, muito bem! Todo mundo para a Prisão! - Disse o Capitão da Guarda.

Em fila, todos foram encaminhados pela ruas até a prisão da cidade. Byron e Agnard eram carregados pelos soldados, enquanto Joshua, já desperto mais ainda aturdido pelo golpe que levou, mais se apoiava que ajudava seu pupilo, a caminhar. Holygriever e o outro gatuno, chamado Javreneio, cochichavam entre si, enquanto o mago e o noviço, cujos nomes eram Kendrik e Bozo!, não paravam de se perguntar como é que eles tinham se metido naquela confusão. O que ninguem pareceu notar foi um arqueiro alto, de cabelos verdes, e certo sotaque estranho, furtivamente se mesclando no meio da multidão...

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- Tá bom, Garou! Não precisa repetir a historia toda, nós todos estavamos lá e meu olho roxo prova isso. - Disse Holygriever com seu riso cinico.

- Saco!!! Os caras provocam a briga e ainda saem livres!!!! Isso me deixa muito FURIOSOOOOOO!!!!!!!. - Berrou o Garou.

- Calma, Davi... Esfrie a cabeça, Garouuuto, é injusto sim, eu sei disso, todos aqui sabemos, mas perder a cabeça agora não vai ajudar em nada.- Ponderou Joshua.

- E, infelizmente, por mais errados que eles estejam, a lei está do lado deles. - Comentou Kendrik.

- Eu não quero nem saber se são uma Guilda ou não. Saindo daqui, eu vou ARRANCAR A BUNDA DAQUELE CAVALEIRINHO METIDO A BESTA FORA!!!! - Berrou Agnard.

- Não se pode competir com uma guilda. - Disseram ao mesmo tempo Javreneiro e Holygriever.

- DROGAAAAAAAA!!! Isso não é justo!!! - Gritou Garou, esmurrando o banco onde estava sentado. Já ia começar a praguejar e esbravejar contra seu infortúnio novamente, quando uma voz vindo do canto escuro da cela chamou a atenção de todos:

- Oooo-Ô.Ô!! Dá pra parar com a berraria aí, ou tá difícil?... Pô, um cavaleiro nem pode dormir mais sossegado nesse buraco não?

Todos olharam para o fundo da cela, só então percebendo que havia mais alguém ali, no canto mais escuro, conseguiam identificar um homem, aparentemente na casa dos 30 e poucos, cabelos brancos e usando óculos escuros. Na verdade, não era um rosto desconhecido, pelo menos para dois dos ocupantes da cela. Joshua e Byron se entreolham, surpresos, e dizem ao mesmo tempo:

- L0BB0!?....

Continua....

segunda-feira, maio 16, 2005
Capítulo IV: O Garoto - Parte II
 
O espadachim avançou, passou pelo garoto e se pos-se em guarda o menino deu um passo a frente mas Joshua o deteve, preparou se para atacar, sabia muito bem do que aquele Lobo maldito era capaz, e também sabia que não era pario para ele, súbito o lobo prateado avançou sobre o Errante e a alcatéia sobre os outros lobos Joshua estremeceu com a cena, garras, presas sangue e poeira se misturavam muito rápido, nunca havia vista nada como aquilo a matilha do prateado se movia com um conjunto cercado e derrubando os iminigos um por vez, ao passo que os lobos cinzentos resfolegavam e mordiam tudo ao alcance inclusive seus companheiros, o Errante, era o verdadeiro inimigo. O espadachim lembrava-se das historias que contavam quando ele era criança sobre o espírito amaldiçoado que vagava naquelas florestas, possuindo e transformando animais em feras demonicas, um demônio imortal que sempre ressurgia após ser derrotado.

Nisso ele viu o Lobo Prateado, correndo ao redor do Errante mantendo-o a distancia da matilha, que já havia expulso o bando de lobos cinzentos, a matilha cercou o Errante que atacou com fúria redobrada, abalroando e derrubando, foi então que ele saltou sobre o prateado derrubando-o no chão, pousou sua pata sobre o outro e literalmente ignorava o restante da matilha que agora estava parada ao redor em forma de um semi-circulo, o Errante aproximou devagar sua andíbula do pescoço do prateado, escorria um baba fétida de sua boca as presas brilhavam, amarelas como que cobertas de podridão, seu focinho muito maior que de qualquer lobo, parecia coberto de um fina camada de liquido, um longa cicatriz começava ai e corria até seu olho esquerdo, cego, como um linha fina de corte de espada, seu pelo escuro era coberto de sujeira e emaranhado com vários cortes e outras cicatrizes espalhadas.

Joshua avançou de frente para o Errante segurava seu Alfanje com a mão esquerda a lamina posicionada e apoiada no seu antebraço ao contrario da posição de ataque convencional ao chegar perto, deslizou na grama ainda molhada de orvalho e rodou o corpo, seu golpe visava atingir a garganta da criatura de modo preciso, um unico golpe muito arriscado, deslizou e golpeou. O mostro saltou para traz esquivando-se e logo avançando sobre Joshua que havia ficado indefeso com seu movimento.

O espadachim viu a morte nos olhos da criatura; pela segunda vez na sua vida; o monstro avançou e pisou no seu braço esquerdo, ele sentiu o osso se vergar e estalar com o peso da criatura, o jovem tentava a todo custo alcançar sua arma caída com a mão direita seu rosto se contorcia de dor, o monstro ganiu com se sentisse prazer no que fazia e realmente sentia prazer no sofrimento de suas presas, a matilha avançou com a prateado a frente, saltando, mordendo, arranhado e tentando afastar a criatura, Joshua conseguiu se soltar e se afastar, mas a matilha não consegui conter a criatura, que usava o peso de seu corpo para derruba-los e avançar sobre os mais fracos, de repente ele acuou a velha loba que havia se mantido fora da luta em um canto e avançou com as mandíbulas abertas e as presas cobertas de sangue dos outros membros da matilha.
Joshua com o corpo meio dobrado tentava imobilizar o braço para evitar um fratura exposta o que seria mortal, isso se consegui-se escapar daquela loucura. Levantou a cabeça o garoto estava parado, mas havia algo estranho a matilha recuou, a grama aos pés do menino moviam-se no sentido contrario ao que o vento soprava e um brilho ralo parecia brotar do chão, ele gritou:

- Arggggggggggggggggggggguuuuuuuu. - E num ponto a sua frente logo acima da cabeça do Errante o ar pareceu se incendiar numa pequena bola de fogo que explodiu despejando um rajada de fogo na cabeça do monstro, ele recuou aturdido e meio cego com as chamas uivava com o Demônio que era, e resfolegava pela clareira na beira do abismo, a garoto parecia semi consciente e não notou a criatura movendo-se em sua direção Joshua se levantou, seu braço doía como estivesse em chamas, correu para o menino e colocou-se entre ele o o monstro, que colidiu contra os dois com todo o peso de seu corpo, mas nem sequer notou pois estava enlouquecido e cego pela descarga de fogo o espadachim e o garoto foram empurrados pelo lado da encosta, ele se agarrou o garoto tentado-o proteger com com seu próprio corpo, mau sentiu quando bateu na água do lago ao pés da cascata, afundou um vez e voltou a superfície abraçado ao menino que agora o ajudava a flutuar enquanto eram arrastados pela corrente.

Foram dar à margem a menos de um quilômetro de onde haviam caido, o Espadachim estava exausto, mas sabia que não podia dormir se o fizesse estaria morto, o menino o ajudou a sair da água, ele deitou-se na areia e respirou fundo e falou.

- Odin que loucura foi essa? - Levantou-se cortou alguns gravetos na mata com sua adaga e em seguida tirando os cardaços de suas botas improvisou um Tala, para manter o braço machucado imobilizado.

- Bom o que eu faço com você agora menino? - Perguntou em voz alta mas sem olhar para o garoto.

- Bom...Eu não sei...Só sei que o Presa Prateado me disse para ir com voce... - Respondeu o menino naturalmente. O espadachim virou espantado, não esperava aquilo, e começou a rir.

- HAHAHAHA, Você fala? - Perguntou.

- Claro que falo...ou isso ou você esta ficando maluco e ouvindo coisas...- Respondeu o menino desaforado.

- Ai...Bom isso fica para depois, aquele monstro ainda esta por ai e entre a nossa posição e a vila dos Arqueiros.... de qualquer forma a Cidade Mercante esta mais proxima...e queira Odin que cheguemos-la rápido, meu braço esta começando a adormecer...- Disse ao garoto.

- Adeus Presas de Prata!!!! Berrou o menino na direção do penhasco que havia ficado para traz. O espadachim achou melhor andar enquanto podiam, tinha de se afastar o mais rápido possível daquele local.

- AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU.- Ouviram a matilha em resposta.

- Mas garoto quem é esse tal de Presas de Prata...ele pode nos ajudar?- Perguntou.

- Já ajudou ele é o líder da matilha que você salvou, do Jardbauld...O monstro. Respondeu o menino.

-Bom um lobo disse para você vir comigo, incrível ele tem bom senso...voce é uma isca viva para o Errante, Jardbauld com você diz. Disse o espadachim.

- Sou Joshua Kazdum, muito prazer.... Qual seu nome menino? - Questionou.

- A matilha me chamava de GAROU...Disse o menino com o peito cheio de orgulho.

-Bom...Não sei o que isso significa...mas se voce fala minha lingua deve ter um primeiro nome... que seus pais te deram . -Disse.

-Só conheço esse...Não lembro muito bem de meus pais....D...Davi...isso. -Falou enquanto tentava segurar um lágrima, Joshua sentiu o coração apertar, era um orfão como ele, queria ajuda-lo mas de uma forma ou de outra precisava sair dali primeiro e para isso precisaria da ajuda do menino disse então.

- Bom..Davi Garou, é um bom nome...Será que voce poderia me ajudar? Nós precisamos chegar a alguma aldeia ou povoado antes que aquele monstro nos ache.

- Cidade...não gosto muito, mas vou com voce...Disse o menino meio emburrado.

- Você esta preocupado com a alcatéia? Tenho certeza de que estão....-Começou

- Eles estão bem! É que faz tempo que não falo com pessoas.Presas de Prata disse que o meu mestre viria e me levaria em bora...-Completou.

- Mestre...Eu não sou mestre de ninguém. -Disse o espadachim enquanto se virava e começa a caminhar.

-Se voce diz, deve ter razão MESTRE. -Disse Davi com um sorriso sarcatico nos labios.

-Garoto se voce continuar com isso...te faço dar Cinqüenta voltas no monte Mijolnir... -Respondeu o Espadachim quase rindo.

Com quiser MESTRE. Retorquiu. Enquanto caminhavam na direção da cidade mercante. Ao entardecer chegaram a uma fazenda onde Joshua pode tratar de seu braço machucado. O menino tinha contado muito da sua vida, com havia perdido os pais e sobrevivo na Capital do Reino, nas ruas fazendo pequenos furto e fugindo das pessoas, e de com numa dessa fugas havia se escondido na carruagem de um caravana para a cidade os Arqueiros, fugido de novo e se juntado a alcatéia do Presas de Prata. Joshua descobriu que o garoto falava muito e a estrada pela frente seria longa, muito longa.

Continua no proximo episódio....

domingo, maio 08, 2005
Capítulo III: A Paliçada - Parte II
 
-" Screeeeeeeeeeeeeee...."

O Espadachim estava caído no chão, engalfinhado com um orc que havia saltado sobre ele, lutando para tomar o machado de batalha da criatura. Santos já não podia mais usar o arco, suas flechas haviam acabado, e lutava corpo a corpo com sua Main Gauche, enquanto o falcão rasgava a carne putrefata com suas garras. Dasts agitava sua adaga rapididamente, envenenando as criaturas a cada golpe e esquivando-se o quanto podia, pois já não havia mais espaço para usar esconderijo.

- ?Tem algo errado aqui. Eles pararam de avançar...? ? Santos diz, olhando ao redor desconfiado.
- ?Eles estão brincando...conosco...brincando..? - Retorquiu Dasts. ? ?Hey Joshy precisa de ajuda?? Perguntou.

O Orc estava com o focinho pestilento encostado no rosto de Joshua, enquanto este procurava afasta-lo com o cotovelo e segurar ao mesmo tempo o machado. Com a mão livre, socou o orc, e quando ele afrouxou o aperto, sacou seu velho Estilleto de caça do cinto.

-?GOLPE FULMINANTE!!!? ? Joshua gritou, ao cravar a arma no estomago da criatura. A carne foi arrancada dos ossos e se espalhou pelo ar enquanto o esqueleto se partia em dois. Então ele se levantou e pegou o Sabre do chão com a mão direita. Seu escudo havia se perdido, detestou isso. Continuava segurando o Estilleto na mão esquerda. ?Posso não ser capaz de fazer o que um Sin faz com duas armas, mesmo assim ainda sei me virar?, pensou. Santos acabava de derrubar mais uma criatura e gritou para Joshua:

- ?MERD@...Eu odeio quando voce faz isso...MERD@...? - Esbravejou num misto de riso e raiva.

- ?Eu quero um Banho...? ? Emendou Dasts.

- ?Quando sairmos daqui, juro que te jogo dentro da fonte na praça da capital. Está bom assim pra você?? - Retrucou Santos, visivelmente mau humorado.

- ?Se sairmos daqui, voce quer dizer...Vejam!? ? Dasts diz, alarmado, apontando. Os zumbis estavam parados na passagem da paliçada que dava para o caminho de volta, mas vindo da caverna mais profunda, parados na entrada não haviam Orcs Zumbis, mas sim uma fileira de Orcs Esqueletos, muito mais fortes e malignos do que tudo que haviam enfrentado até ali. As criaturas não se moviam e a caverna parecia muito mais escura agora. Mal podiam percebe-los, a não ser pelo leve brilho vermelho vindo das orbitas vazias onde um dia haviam estado seus olhos.

O Espadachim postou-se de frente para os esqueletos. Sabia que mal podia manter-se de pé, mas segurava o sabre ao contrário na mão, com a lamina correndo paralela ao seu antebraço, a ponta chegando ao seu cotovelo, e o Estilleto na outra mão, em posição semelhante.Joshua mantinha a postura de um lutador de boxe pronto para o assalto, usando a postura que seu mestre chamara de "Ultimo Bastião", a resitencia final. Santos ao seu lado, Main Gauche na mão, ainda possuia uma ultima armadilha. Teria apenas uma chance, e arriscaria tudo nela, e mesmo nunca tendo usado esse tipo de armadilha antes, ele não hesitaria se fosse para salvar a vida de seus companheiros. Com um breve aceno de sua mão livre, o falcão pousou em seu ombro. Havia um brilho feroz nos olhos de ambos, refletindo morte. Dasts estava de costas para os dois curvado, praticamente agachado. Deitou sua Adaga no chão com a mão pairando por sobre ela, fazendo seu rito final e se preparando para encarnar o "Vento Letal", a forma lendaria que todos os Gatunos e Sins esperavam se tornar um dia.

A respiração cessou na caverna. Os ruidos emitidos pelo ranger dos ossos dos esqueletos, e os grunhidos baixos dos zumbis também haviam parado, tornando o clima ainda mais assustador. Na escuridão, as pequenas labaredas que eram os olhos de seus oponentes começaram a se mover, abrindo caminho para a passagem de algo. Podia-se distinguir claramente uma formação em forma de "V", com o vertice terminando logo à frente dos tres companheiros. Foi então que eles perceberam o que se aproximava aproximava deles. Mais alto que as outras criaturas que os cercavam, surgiu um Grand Orc, de pele azul como seus pares, porem um azul fosco, e com saliva verde caindo pelo canto da boca. Os companheiros julgaram que ele fosse um zumbi como os outros, o que era algo raro pois, dentro da hierarquia dos Orcs, os Grand Orcs estavam entre os unicos com direito a ritos funerários, e portanto não havia conhecimento de Grand Orcs zumbis, ao contrario do que acontecia com seus irmãos de casta mais baixa, que eram literalmente despejados dentro das catacumbas. Ele estava vestido com o traje cerimonial da casta guerreira, e com o corpo coberto de chagas, nitidamente morto como os outros, carregava um pesado machado de guerra. Na penumbra que os cercavam, o Grand Orc parou na frente do grupo. Foi quando notaram que, ao contrario dos outros, seus olhos não brilhavam com chamas vermelhas, eram meramente orbitas vazias e escuras.

O Grand Orc grunhiu algo e os zumbis da fileira de trás começaram a avançar às dezenas. Os tres companheiros mais uma vez lutavam além das forças que ainda tinham, só que desta vez os orcs, em numero muito superior, procuravam restringir seus movimentos, avançando sobre eles com dezenas de braços que agarravam, seguravam, apertavam e machucavam, Logo, os tres estavam impotentes e de joelhos perante o poder da massa morta-viva que avançava impiedosamente sobre eles. Mesmo o falcão de Santos havia sido preso ao chão e lutava, ainda rasgando a carne podre da criatura que o segurava com um certo cuidado, como se não quisesse feri-lo, o que por si só era aterrador demais. O Grand Orc se aproximou deles, e levantou seu machado, pronto para desferir um golpe indefensável. Santos levantou o rosto, desafiando seu destino, e olhando dentro das órbitas vazias e sem vida, não pode distinguir nenhuma expressão de sentimento na criatura, prepararou-se para soltar um imprecação, quando...

Repentinamente, uma rajada de vento invadiu a gruta. Um vento fresco como o orvalho da manhã, e um som como de capim queimando tomou conta da caverna. Joshua não podia virar-se para ver, pois uma das criaturas estava segurando seu pescoço, imobilizando-o, porém pôde perceber um brilho como o tremeluzir de uma chama refletido na parede ao seu lado. Algo estava abrindo caminho por tras dele. Sentiu um fio de esperança crescer em seu coração, mas a criatura à sua frente continuava impassível, preparando-se para golpear seu crânio com o machado. Dasts abriu um largo sorriso ao ouvir um assobio que ele conhecia muito bem. O Grand Orc desceu seu machado com furia sobre a cabeça de Joshua.

- ?Magia de teleporte!? ? o jovem gatuno suspira aliviado.

- ?CAVALO-DE-PAU!?

Joshua de repente sentiu-se como se todo o peso do mundo tivesse sido tirado de suas costas. Levantando a cabeça, agora livre, ele vê um homem alto de camisa branca interpondo-se entre ele e o Grand Orc, desviando o golpe fatal para o lado com uma das mãos enquanto desferia um poderoso golpe com um machado tão grande quanto o do Orc firme na outra, cortando de baixo para cima o abdomem da criatura. Nos segundos seguintes, só se podia ouvir um som ensurdecedor, como se fossem milhares de abelhas furiosas zumbindo em seus ouvidos, sentiram todos os pelos de seus corpos se eriçarem-se, ao mesmo tempo que ouviram alguem gritar:

-?TROVÃO DE JUPITER!!!?

A magia passou reta por eles, sem atingi-los, enquanto empurrava e eletrocutava os algozes que ainda insistiam em domina-los. Joshua viu o homem girando seu enorme Machado de Duas Mãos de lado contra o Grand Orc, empurrando-o alguns bons metros para trás.

- ?Ei Chefia, precisando de uma mão aí?? ? Disse o musculoso Ferreiro à sua frente, enquanto este afastava uma mecha de seu cabelo esverdeado dos olhos para observar as condições dos resgatados..

- ?Byron....Shade... eu nunca fiquei tão feliz em ver essa sua cara feia...quanto agora.? - Disse Joshua com um sorriso torcido, algum sangue escorria de sua boca, enquanto o ferreiro jogava um pequeno saco para Joshua. Os esqueletos começaram a avançar todos de uma vez, e Byron segurou no cabo de seu machado com as duas mãos, pronto para repelir a investida.

- ?BARREIRA DE FOGO!!!? - Falou um voz suave vinda de tras deles. Imediatamente, labaredas altas brotaram do chão, ao redor do grupo, destruindo os esqueletos que se aproximavam demais. Ao mesmo tempo, uma luz prateada como o luar brotava do solo ao redor dos três, que imediatamente sentiram-se mais fortes e revigorados.

- ?Magia de Cura...? ? Santos murmurou, quando uma voz feminina veio de trás deles.

- ?Mestre Joshua!!? - Disse a sacerdotiza dourada.

- ?Joshua querido! E voce Ramonzinho!! Vocês estão bem?? - Disse a maga de cabelos verdes acenando para Santos.

- ?Graeff!! Lady Ássia!!! Estou tão feliz de vê-las...? ? Joshua diz, suspirando aliviado com o reforço, ou talvez algom mais.

- ?Acho que voce tem é sorte de ainda ter olhos para vê-las...? - Disse Santos sorrindo.

- ?Mas...? - começou Dasts.

O espadachim abriu o saco, distribuindo as Poções Azuis com deus amigos. Bebendo-a, sentiu-se plenamente revigorado. A Barreira de Fogo que Graeff tinha lançado começava a enfraquecer, e as criaturas estavam começando a passar por ela, ainda que não ilesos. Byron ainda conseguia dar conta dos que passavam, mas a barreira continuava a enfraquecer. Joshua se levantou , pondo-se ao lado do Ferreiro pronto para repelir os ataques, mesmo estando desarmado, quando a mesma voz de antes gritou:

- ?NEVASCA!!?

Saindo das sombras, o Bruxo de cabelos brancos gesticulava contra as criaturas, lançando jatos de vento congelante contra os esqueletos, ao mesmo tempo em que se aproximava do grupo. As criaturas irracionais, tentando chegar aos seus alvos, quebravam os corpos de seus companheiros, agora congelados e apenas aumentavam
ainda mais a barreira de gelo e corpos que se formava entre eles e o grupo. Estavam salvos, mas todos ali sabiam que era uma segurança apenas momentânea.

- ?Hails Josh, Santos, Dasts...? - Cumprimentou o Mago.

- ?Como vai Fen? Faz tempo que não nos vemos.? - Disse Joshua ao amigo.

- ?Joshua, em que rolo voce se meteu dessa vez, hein??- questinoa Graeff, com as mãos na cintura, visivelmente zangada com o espadachim. Joshua suspira e sorri. Por mais jovem que a maga fosse, ela tratava a todos como verdadeira mãe ganso.

- ?Nem me fale...coisa de espadachim azarado, sabe?? ? Joshua responde à Graeff ? ?Como alguém já me disse uma vez, ?Se um dia chover Elfas, no meu colo cai um Orc.?? ? Byron, descansando o machado no chão, sorri ao ouvir a frase. ? ?Err...Desculpe o comentario machista...? ? Conclui o espadachim, visivelmente encabulado.

- ?Ohhh! Para de papo!!!? ?Disse Santos ? ?Essas pestes vão acabar parando na cidade se não os impedirmos. Cade o resto da guarnição?? Pergunta gesticulando.

- ?Não vieram...? - responde o Bruxo.

- ?Não acreditaram na historia...ainda mais vindo de quem veio, Joshua... Tolos..? - contemplou Ássia.

- ?Bem, as coisas não melhoraram muito.... Sete contra uma legião. Não temos chance alguma...? - disse Dasts, soturno.

- ?Alguma ideia Shade? Não temos muito mais tempo até eles conseguirem quebrar a barreira...? - o espadachim perguntou ao ferreiro.

- "Bem, se você quiser, podemos dar meia volta aqui e sair correndo pelo tunel, MAAAS..." - Começou o ferreiro.

- "Mas eles vão superar a barreira e nos seguir, e em espaço fechado, adicionado o fato de estarem em numero muito superior, a medio-longo prazo eles terão toda a vantagem...? ? emendou o bruxo ao que Byron disse, encontrando vários olhares desnorteados em sua direção. Suspirando, ele continua. ? ?Ou seja, quando nos cansarmos de correr, eles nos pegam.? Completou o Bruxo preocupado ao tirar o chapeu e passar a mão pelos cabelos brancos.

- "Ahem... Na verdade, a barreira JÁ ESTÁ cedendo..." - Disse Dasts, alarmado.

- "Então só tem um jeito de protegermos a cidade: Fechar o túnel.." Sentenciou o Ferreiro, preocupado, porem resoluto.

- "Sim, com isso e nós ficamos presos aqui..." Disse Johua com um olhar sombrio.

- "Ássia, será que não rola um portalzinho básico pra sairmos daqui?" Disse Graeff, abrindo um sorriso enorme pros dois.

Byron e Joshua se entreolharam e dividiram o mesmo pensamento: "Burro! Burro! Burro!" ? Joshua deu um tapa na testa, enquanto Kendrik explodiu numa sonora gargalhada.

- ?Ok, Seid, essa é a prova cabal que devemos deixar as idéias pros magos e tratar de trabalhar só com os músculos!? ? Byron disse, sorrindo. Pigarreando, Santos interrompe:

- "Pessoal, eu tenho uma Claymore... É minha ultima. Me dêem cobertura que eu vou lá planta-la na boca do túnel.? ? ele se virou e começou andar, mas Dasts, segurando-o pelo ombro, impediu sua saida e disse:

-"Não, amigo..Eu vou. Sou mais ágil, e portanto tenho mais chances de chegar lá do que você." ? sem esperar resposta do caçador, o gatuno pegou a armadilha explosiva.

- "Kendrik, nós vamos avançar o máximo que pudermos, e quando estivermos perto da entrada, voce sabe o que fazer..." Disse o Espadachim.

-?Ok... só queria poder fazer mais do que espetar alguns orcs. Minhas flechas acabaram...? ? Santos se lamentava, empunhando a Main Gauche e se colocando ao lado do espadachim e do ferreiro para ajudar a limpar o caminho.

-"Não seja por isso, Fantos.? ? Disse o ferreiro, catando uma alijava de flechas de seu carrinho e entregando ao caçador. ? ?Isso era... bem, para outros serviços... mas pegue, vai ser mais útil pra você agora. Ah, sim, garoto, toma, você vai precisar disso também? ? Byron completa, jogando uma Damascus trabalhada com detalhes em prata e ouro para Dasts. - ?Acho que tenho algo melhor pra você por aqui também, Josh...?

- "Não...precisa... Shade." - Joshua ajoelhou-se e desamarrou um tubo de pano que sempre trazia preso as costas. Desenrolando-o, tirou algo semelhante a um manto de tecido fino e branco, amarrado com uma fita verde, desatou o nó, revelando uma Kataná finamente trabalhada. Não chegava a ser uma arma incomum, mas esta tinha um brilho especial, parecia estar pulsando viva. Joshua, ainda de joelhos, amarrou o tecido ao redor da cintura, e prendeu a Katana ao arranjo. Ficou em silencio por alguns momentos, respirando pesadamente, com se de repente o peso do mundo estivesse novamente sobre seus ombros. Sua concentração foi quebrada de repente, pois a barreira havia cedido e os esqueletos começavam a avançar.

-"DAMN! Seid!! Temos que ir!!!? - Berrou Byron para Joshua, colocando a mão em seu ombro. O espadachim, gentilmente retirando a mão calejada do amigo, levantou-se desfraldando o manto, onde agora podia-se ler um texto em runas antigas:

"Contra o Mal Seja.
Impassível como a montanha.
Veloz como o vento.
E Majestoso como a Floresta."

Desenbainhou a espada em um gesto fluido - a lamina era longa e fina, com uma estrela entalhada na base da lâmina, e uma rosa com o caule entrelaçado na estrela, como se nascesse dela, correndo ao longo da lâmina.

-"Josh...Você nunca foi lá muito bom com espadas de duas mãos, lembra?" - Disse Byron, preocupado.

- "Essa é especial...era a espada da ...Lua...eu sei que ela vai me ajudar. Tenho certeza disso." - Disse o espadachim, ainda com o semblante pesaroso, ao mesmo tempo em que avançava ao lado do amigo.

- "Josh..." murmurou Ássia, que ia à frente, junto com os dois guerreiros, alternado golpes com sua maça-espada e magias de curas nos mortos-vivos, causando graves danos ao infundir vida aos corpos putrefatos, que caiam como moscas. O Espadachim e o Ferreiro ladeavam, golpeando ferozmente os orcs que avançavam, tentando abrir caminho até passagem. Santos vinha atrás disparando rajadas de flechas em qualquer um que passasse pelos três, e cobrindo o avanço de Graeff e Kendrik por trás, que lançavam barreiras de fogo e de gelo, atrasando o avanço dos esqueletos que os perseguiam. Dasts aproveitava todo o espaço que lhe era criado para avançar com a Claymore.

- "AGORA!!!" - Joshua gritou ao chegarem no final da plataforma que formava o corredor. Todos movimentaram-se rapidamente, em uníssono, formando um circulo ao redor de Kendrik, protegendo o bruxo. Os zumbis finalmente se uniram aos esqueletos na frente, e agora formavam um unico bando cercando o grupo. O bruxo concentrou-se profundamente, como se sua consciência tivesse ido parar em outro plano de existência. Um pentagrama de luz se formou aos seus pés, e um círculo de energia mágica passou a envolver os companheiros. Dasts se agachou, pondo-se a postos para correr.

- "LANÇAS DE FOGO" - Gritou Graeff, enquanto disparava uma rajada de fogo concentrado sobre um Esqueleto. Girando para o lado, gesticulou novamente enquanto gritava - "LANÇAS DE GELO!!" E mais um zumbi caiu com estacas de gelo perfurando seu corpo todo. - "BARREIRA DE FOGO!!". ? e um muro flamejante brota do chão, queimando as criaturas que se aproximavam.

-"Byron, querido, poderia me ajudar aqui um instantinho?" - Piscou enquanto falava.

-" Claro Milady!!" - Disse o ferreiro, lutando enquanto se aproximava da maga. Ao passar por um esqueleto, golpeou a sua perna e no mesmo movimento chutou-o para sua frente, derrubando um grupo de zumbis que se aproximava.

-"CAVALO DE PAU". Gritou ele, ao pegar seu carrinho abarrotado e girá-lo para cima dos esqueletos e zumbis. A força concussiva do golpe arremessou as criaturas a frente sobre a barreira de fogo de Graeff, que, sorrindo, lançou uma nova barreira sobre eles, matando-os prensados entre duas paredes de fogo.

-"Obrigada, nobre Ferreiro." - ela disse, com seu belo sorriso. Byron retribui o sorriso, e continuou repelindo os inimigos que se aproximavam demais.

Santos e ThunderBird, o falcão, lutavam como uma só entidade, rajadas de flechas e garras, cortando e derrubando o que vissem pela frente.Tudo acontecia muito rápido, bastou uma unica distração, quando se virou, viu que um esqueleto tinha furado a barreira e se aproximava de Ássia sem que ela percebesse. A criatura levantou seu machado pronta para atacar, e Santos, reagindo por instinto, disparou célere, derrubando o monstro, Assia voltou-se gritou:

-"Cuidado, Ramonzinho!!!? - Ele se virou e notou com o canto do olho o brilho enferrujado da espada do Orc Zumbi, já proxima demais para que ele pudesse esboçar qualquer reação... Santos já dava seu fim como certo. Seu falcão não conseguiria chegar a tempo, e soltou um guincho forte de onde estava.

-" Screeeeeeeeeeeeeee...."

O movimento foi súbito. A espada desceu sobre o pescoço de Santos, ele só pode notar o reflexo metalico da arma e pensou: "Isso não pode ser o Valhalla..." Mas a espada não chegou a toca-lo; ela foi detida no meio do movimento por um Katar. De um unico pulo, o Assassino saiu das sombras que os rodeavam, rodopiando os braços abertos, e num movimento fluido como a água afastou a espada e golpeou o zumbi uma, duas, três, mais vezes que o olho humano era capaz de acompanhar. No final, sobrou apenas uma massa putrefata de carne no chão. Meramente voltando a cabeça para o caçador, ele diz:

- ?E engula tudo o que disse sobre mim... Caçador...Voce me deve uma.? - Otto deu outro salto e desapareceu novamente nas sombras. Santos apenas deu de ombros e voltou a ação.

Ássia exultava de prazer, num misto de riso e nervosismo, golpeava e alternava curas entre ela, Josh e o zumbis, que caiam tão rápido quanto outros tomavam seus lugares.

-"Iuhuu...Vamos meninos! Tem muitos ainda para derrubarmos!." ? Ela gritou. Joshua, que estava um pouco mais à frente, mantinha um postura essencialmente defensiva, esperando o maior numero possivel de criaturas se aproximar, ao custo de alguns golpes e ferimentos que eram prontamente curados por Ássia, para então disparar seu Impacto Explosivo. No entanto, a cada golpe que Joshua lançava sobre os inimigos, um efeito diferente ocorria.

-"IMPACTO EXPLOSIVO!? A onda explosiva cresceu do ponto onde Joshua atingiu o monstro, queimando os adjancentes, e formando uma onda de choque, que assim que passava os deixava congelados ou atordoados , fogo e gelo em um unico golpe. - "Santos, eles são todos seus!!!? Josh berrou, chamando a atenção do caçador, que, sorrindo, aproveitou a chance dos alvos fáceis com prazer. Byron olhou de lado desconfiado:

- "Que isso, Seid? Andou aprendendo magia com seu discípulo, é?? ? o ferreiro conseguiu grunhir enquanto empurrava três esqueletos para outra das barreiras da Graeff. - "Deuses, como esses bichos fedem!?

- "Não... esta é uma dádiva da Lua...a espada é encantada...GOLPE FULMINANTE!!" - Disse o espadachim enquanto golpeava forte os monstros que não paravam de se aproximar. A cena toda não durou mais que dois minutos, tempo suficiente para Kendrik Fenyang voltar a si, e gritar as ultimas palavras que ativariam seu encanto. O chão tornou-se avermelhado, ato que Dasts entendeu ser sua deixa e saiu correndo na direção da entrada da passagem. A voz de Kendrik foi ouvida forte e profunda apesar de seus labios não se mexerem.

-"IRA DE THOR!!" ? Todos sentiram o próprio ar se tornar espesso, como se o tempo parasse. Imobilizados pelo choque, só puderam perceber uma luz cegante que tomou conta da caverna. Um vento forte e quente soprou, como se o proprio Odin golpeasse o solo, liberando fagulhas douradas para todas as direções.Os monstros começaram incinerar rapidamente, um após o outro, a caverna tremeu com o estrondo de um trovão e a magia se desfez. Só restaram cinzas ao redor do grupo.

-"Hey Orcs!!! Eu tenho aqui um Bruxo carregado e não problemas em usá-lo, viu!? ? Byron berrou a plenos pulmões, ao ver o estrago criado pela magia devastadora.

-"Click!!!" ? disse Kendrik. ? ?Acho bom essa armadilha funcionar, porque depois dessa, não tenho energia para mais nada.?

-"Mas...Se voce podia fazer isso desde o começo, para que usar o explosivo??, Dasts perguntou Dasts da entrada da passagem, onde terminava de armar a Claymore.

A resposta veio de forma macabra do meio das cinzas: um zumbi se levantou do monte de cinzas, meio queimado pela magia. Tentou agarrar o gatuno, enquanto mais monstros vinham pela palicaçada. Dasts girou o corpo para todos os lados e de modos que um ser humano normal não conseguiria, esquivando-se das garras que tentavam a todo custo segura-lo, e no mesmo movimento chutou o zumbi, que rolou sobre a armadilha, acionando o detonador. Dasts movia-se como um felino, saltando e rolando para fora da área da explosão, em direção aos seus amigos. A entrada da passagem ruiu com o impacto, e o teto da caverna começou a rachar com um guincho agudo. Ássia agiu rapidamente e conjurou o portal que iria tira-los dali. Joshua murmurou:

-"ÔOO Azar...? ? para então emendar ? ?Vamos todos Rapido!? - ele gritou enquanto embainhava a Kataná.

-"Hey chefia, missão cumprida." ? Byron passou por Josh, batendo em seu ombro, e parando perto do portal, esperando os outros passarem, ele mesmo só entrando depois que Graeff passou. Joshua hesitou, pois não queria deixar Ássia para trás, mesmo sabendo que o portal se fecharia no mesmo instante em que sua conjuradora passasse por ela.De súbito, algo o golpeou forte na nuca, fazendo-o cair no chão e rolar sobre as cinzas.

- "Me larga, Maldito!" - Gritava Ássia, enquanto era arrastada pelo pescoço pelo orc zumbi, e lutava para manter o portal aberto, que já oscilava. Um braço horrendo a segurava, apenas um braço; as outras criaturas haviam parado novamente de se mover. Joshua viu com horror que o Grand Orc ainda estava em pé. Byron havia decepado um de seus braços e aberto sua barriga de cima abaixo, e ainda assim ele caminhava. A criatura virou-se, e ele pode ver seu torso aberto e orgãos expostos, mas havia algo preso em seu peito, algo que ninguem via a milênios e que, se soubessem o que era, saberiam que não deveria estar ali..

Joshua só conseguia distiguir um branco como o reflexo de marfim e dois pontos de brilho esverdeado. Ele abaixou a cabeça, e viu um dos escudos orcs, com as bordas afiadas como laminas, como era o costume das criaturas. Ele não precisou pensar muito para tomar uma atitude, jogou-se para frente, agarrando o escudo e, com um rodopio do corpo, arremessou-o como um disco na direção da criatura. O escudo corria perto do solo, ele não sabia como tinha feito aquilo, e chegando perto do monstro, deve ter batido em algo que fé-lo girar pra cima, cravando-se em seu peito. Ele cambeleou, hesitando com o ataque-surpresa, e, subitamente, mais uma vez o Assassino surgiu das sombras, por trás do grand orc, cravando-lhe as Katares nas costas, o que fez a criatura soltar Ássia. No mesmo movimento, rasgou-lhe as costas, e esquivando-se pelo lado do monstro, agarrou Assia pela cintura, e correu na direção de Joshua, saltando, empurrou-o contra o portal, jogando-se dentro dele com a sacerdotisa nos braços em seguida.


Epilogo 1

O portal estava fechado e todos finalmente a salvo. O único detalhe é que acabaram se materializando sobre a fonte da praça de Geffen. Não bastassem estarem sujos, coberto de cinzas, poeira e sangue de zumbi, e fedendo à carniça, agora estavam também completamente encharcados. Ássia e Graeff não conseguiam parar de rir da situação; Santos xingava todos os deuses que ele conhecia e até alguns que ele não conhecia também; Dasts simplesmente boiava nas águas da fonte, de vez em quando soltando um esguicho d?água pela boca; Kendrik saíra da fonte, e sentou-se de pernas cruzadas, de costas para todos, visivelmente emburrado por ter se molhado; Byron estava mais preocupado em tirar o carrinho de dentro da fonte, antes que as mercadorias estragassem, e Joshua meramente estava sentado dentro d?água, com a cabeça baixa.

- ?Hehehehe...Eu pedi um portalzinho básico, Ássia! Não precisava vir um com Piscina, né??.- disse Graeff rindo, deitada dentro d?água.

- ?Hahahaha... Desculpa, Graeff. A moça estabanada aqui, naquela confusão toda, só conseguia pensar no clima agradável da fonte de Geffen!!!? - disse Ássia, sentada de pernas cruzadas na água.

- ?Droga... meu chapéu... todo molhado... droga...? - Resmungou Kendrik.

De repente, Santos pula em cima de Dasts, afundando-o na água.

- ?Que foi isso?!? ? Dasts perguntou, cuspindo água

- ?Promessa é dívida, lembra, Dasts?? ? respondeu o caçador, abrindo um largo sorriso e dando outro caldo no amigo.

Joshua vagarosamente levanta a cabeça e olha a cena. Um sorriso, ainda que entristecido, surgiu no seu rosto.

- ?Salvamos a cidade... mas e daí? Ninguém parece dar a mínima pra isso... Ninguém sabe o que passamos pra salvá-los...? Passou a mão pelos olhos tentando aliviar a dor nas temporas.

- ?Mas salvamos, Seid. E nós sabemos. Nõs sabemos, amigo.? ? Byron, já do lado de fora da fonte, colocara a pesada mão no ombro do espadachim, abrindo um largo sorriso pra ele.

-"É mas eu perdi meus Oculos, na confusão..." ? Joshua abriu um de seus raros sorrisos e partilhou um gargalhada com Byron.

Já mais afastado do grupo, Otto observava a cena, devidamente protegido nas profundezas de uma sombra próxima. ?Um dia, quem sabe, poderei rir como eles. É. Quem sabe, algum dia...?, ele pensa, antes de sumir novamente no mundo.

Epilogo2

Nos escombros da caverna, um par de olhos amarelados caçava na escuridão, farejando os restos da batalha. Se houvesse alguem vivo ali, reconheceria imediatamente a criatura, com seu pelo roxo e as presas retorcidas saindo fora da boca. Zenorc... Em qualquer lugar do continente, esse nome era uma imprecação. Nenhuma criatura viva era capaz de suportar a presença do carniceiro sem sentir náuseas imediataemente. No meio de um grande corpo, aberto de cima abaixo e de um lado ao outro, ele achou um pequeno objeto, um leve brilho esverdeado, agarrou como se fosse a coisa mais valiosa da terra, e novamente desapareceu na escuridão de onde veio...


Continua no Proximo Episodio...

segunda-feira, maio 02, 2005
Capítulo II: O Garoto - Parte I
 
Os primeiros raios de sol da manhã começavam a brilhar entre as folhas do topo das arvores, refletindo no orvalho, se quem estivesse na clareira estivesse atento veria um espetaculo sem par, simples mas um pequeno milagre divino. A luz refletindo expondo a vida e aquele momento impar em que os seres noturnos procurando as sombras para se esconder e descançar se encontravam com os seres diurnos começando a despertar.

Ele se levantou da relva em que dormia esticou o corpo para fora do manto, e se espreguiçou, ainda entorpecido pelo sono, lembrou-se vagamente que aquele não era um dos lugares mais seguros para se dormir, mas não tinha tido opção, teve de parar e acampar, havia saido no dia anterior da Cidade dos Arqueiros e se dirigia para o Porto Mercante pela unica rota possivel ali pela serra em direção ao mar.

Andou até as cinzas da fogueira e atiçou as brasas para aquecer o chá que havia deixado ali na noite passada, o bom chá de folhas de Fumacento, sempre achou engraçado chamar um planta pelo nome popular de um animal, mas era esse o nome. Pegou o bule e notou que estava vazio, bateu de leve na cabeça e se amaldiçou-o pela imbecilidade, estava mesmo entorpecido tirou a água do cantil sem se preocupar, havia muita fontes na trilha do bosque, aqueceu a água e colocou as folhas, foi até o alforje que havia pendurado em um galho longe de animais e resolver comer um pouco de pão e queijo, notou então que o alforje estava vazio.

- Maldito!!! Fumacento looter!! Se te pego tiro suas cartas pelas orelhas!!! Berrou para a clareira, virou exasperado iria tomar pelo menos o chá e seguiria caminho, caçaria algo enquanto descia em direção ao porto, pelo menos não tinham mexido nas peles que ele levava para vender, não viu o bule e berrou duas vezes mais alto.

- Arggg malditos!!! Isso é piada de duende? Quando pega-los......Furioso juntou seu alforje e verificou o equipamento, notou que sua adaga tinha sumido, e blasfemou muito mais alto, apagou a fogueira e foi quando viu, uma pegada na relva umida, humana.

- Ahh, então esse é o Looter... Ele era um caçador experiente, e tinha aprendido desde cedo a sobreviver por conta propria, caminhou quase agaichado procurando os rastros, que entravam cada vez mais na mata, não tirava a mão de seu alfanje pronto para qualquer coisa, foi quando começou a ouvir os rosnados, andou devagar até chegar a uma moita esgueirou-se por ela e viu algo que não esperava.

Um garoto usando um calção rasgado enfrentava um lobo cinzento, com o dobro de seu tamanho com a adaga que tinha sido roubada em um mão e o Bule em outra. Ele não parecia nativo da região era loiro e tinhas olhos claros, preparou se para avançar mas quando colocou a mão no alfanje o garoto já havia atacado, rapido e subito, bateu o bule na mandibula do lobo e golpeou com a adaga cortando um talho da testa ao focinho do animal. O lobo espantado recuou e se afastou rapido.

- Arggg UUUUUUUUUUUUUUUUU....GaaaaaaaaaaRoooooooooooUUUUUUUUUU. Berrou o menino. O caçador olhou espantado, nunca tinha visto algo assim e antes que pudesse pensar sentiu um calafrio, o uivo do garoto não era o unico.

- Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. Ecou de todos os lados e de
repente ele percebeu que estava no meio de uma matilha, sem pensar avançou rapido na direção do menino que o viu com o rosto palido de susto, agarrou-o e correu, com o garoto esperniando e tentando acerta-lo com a a adaga.

- Calma, ai ladrãozinho, estou salvando sua pele. Segurou a mão do menino e tirou-lhe a adaga.

- Catzo!!! Para de espeniar! Berrou enquanto tentava correr, ele mesmo não muito mais velho ou maior que o garoto, mas isso nem lhe passava pela cabeça, ele só percebeia os ganidos atras dele cada vez mais perto.

Ele agora tinha uma vaga noção da direção que estava tomando, e lembrou-se que havia deixado as peles para traz e se amaldiçou duplamente por isso, enquanto pensava se jogava o moleque para os lobos ou não.

Estacou de repente quando notou que havia chegado a ponta de um penhasco, um paredão rochoso crescia a esquerda enquanto um cascata brotava da rocha a direita, viu-se cercado foi quando a matilha saiu das sombras da mata, logo a frente um lobo com um grande mancha prateada na cabeça o encararou.

- Hurrrrrrrrrrrr.....

Rapido o menino o golpeou no estomago e correu na direção do lobo se abaixando na frente e de costas para ele e apontando o Bule na direção do Caçador. Uma velha loba se aproximou e lambeu a nuca do menino.

- Onde fui que me meti dessa vez... Isso só pode ser pidade de Loki. Blasfemou.

- Hurrrrrrrrrrr...Rosnou o Garoto, enquanto os lobos se aproximavam dele, sacou rapido o alfange e se preparou para levar pelo menos alguns deles juntos. O Prateado deu um passo a frente e farejou o ar, olhou para o menino e para o jovem e rosnou.

- Hurrrrrrrrrrrr. O garoto olhou e se aproximou, tocou no sua mão com a clara intenção de baixar seu braço sem saber por que ele concordou e o fez, sentou-se na relva estava com a guarda baixa, o prateado olhou e uivou.

- Uuuuuuuuuuuuu... A alcateia respondeu e começaram a correr com cães brincando e um por vez se aproximaram e cheiraram o jovem, não sabia como mas eles haviam descidido poupa-lo e o aceitavam na matilha! A cena toda não durou mais que uns minutos, mas subito ouviu-se um estalo na mata e um ruido frio, como metal raspando carne, os lobos eriçaram os pelos e se colocaram entre o menino e a entrada da clareira.

O lobo cinzendo entrou então com o fucinho ainda sangrando e não estava só atraz dele havia outros, foi quando a sombra apareceu, o caçador sentiu um calafrio na espinha ele sabia o que era e murmorou.

- O Errante...Sussurou uma prece para Brumilde e se levantou devagar, olhou então para a criatura que saida da sombra, era exatamente com se lembrava, grande, fetido, mal, o Lobo que Devorava os outros Lobos. Ele viu a cicatriz e sabia quem a havia feito, quem havia cegado um dos olhos do monstro. Foi quando ele farejou o ar e lambeu o focinho como se disse-se:

" Nos encontramos de novo, petisco". Sentiu o mesmo espasmo de medo de quando o havia vista quando era ainda uma criança.

O menino pulou na sua frente o prateado tomou a dianteira e avançou com a matilha. Ele sacou o alfanje e só pode dizer:

- Joshua seu idiota onde foi que voce se meteu?


Continua no proximo episodio....

segunda-feira, abril 25, 2005
Capítulo I: A Paliçada - Parte I
 
Joshua olhou para as sombras do salão, não era totalmente escuro havia um bruxuleio como de luz refletida na água, só que não havia água ali e caso houve-se com certeza seria fétida. Um som como a respiração pesada de um animal, reverberava pelo salão e o cheiro da morte imperava.

Estavam ali a horas, tinham chegado no subterraneo seguindo uma passagem nos esgotos e a trilha de seu alvo. Haviam andado muito sabia que estavam fora dos limites da velha cidade e o que encontrara ali lhe dizia que estavam a sudoeste dela, a varios quilometros na verdade dentro da area das catacumbas.

Levantou a cabeça e olhou sobre a paliçada, não se via nada além de sombras sinistras, que se moviam de forma cordenada. Estavam no ponto mais estreito do salão rochoso na verdade a um passo do tunel por onde haviam vindo, a esquerda um tunel conduzia as sombras, quando passaram por ali pela primeira vez nem o tinham notado, mas quando tentaram voltar tiveram seu caminho cortado pelas criaturas, a paliçada era composta de toras de madeira escura mas como tudo ali era um tanto sobrenatural, eram duas fileiras de toras alinhadas com pouco mais de 1,70mts de altura e dois metros entre elas, no topo de um elevão no corredor estreito, Joshua deu graças aos deuses por ter encontrado um ponto defensivo onde puderam resitir tanto tempo, mas a paliçada era um armadilha, não podia avançar ou recuar. Ele estava concentrado, tentado distinguir os sons da gruta, foi quanto o Gatuno falou.

- Mas.... Disse o jovem meio que sussurando.

- Sim Dasts?

- Não entendo por que confiou nele...Era um Sin... e pior que isso procurado pela guarnição... É um "KSER" e "LOOTER", condenado...

- Não sei se foi um erro, mas ele era nossa melhor chance...

- Aff Nós viemos atraz dele para captura-lo Josh e voce o deixa ir em bora, não sei onde estava com a cabeça quando concordei com voce. Disse o Caçador ao seu lado direito.

- Santos...só sei que as vezes temos de confiar. Joshua rememorou a cena de seis horas atras.

Eles haviam capturado o Sin que procuravam, na verdade o haviam tirado do meio de um "MOB" de orcs zumbis, tinha sido naquele momento que eles haviam percebido onde estavam, nas catacumbas Orcs onde a tribo de Semi-Humanos, entulhavam seu mortos e como em outros lugares profanos do continente os mortos-vivos e outras criaturas perversas andavam. Após recurem pelos corredores da catacumba haviam sido encurralados na paliçada.

Quando estava a menos de um metro da plataforma Santos viu os vultos nas sombras enquanto corriam e gritou.

- Josh!!!! Temos problemas a frente!!! Enquanto armava seu arco e dispara de forma rapida e precisa rajadas de flechas.

- TRAIÇÃO DE LOKI!!! Berrou Joshua enquanto avançava sobre a paliçada, ele se concentrou com havia sido treinado para fazer, ignorando a dor dos golpes que recebia e se esquivando instintivamente dos demais o que não era de todo impossivel devido a lentidão das criaturas, num momento estava cercado dentro da paliçada, de repente um nova rajada de flechas cortou o ar dando tempo para que ele se concentra-se e pudesse golpear, Santos empoleirado no auto do muro gritou:

-Barra Limpa Espadachim!!! E Joshua gritou a plenos pulmões:

- IMPACTO EXPLOSIVO!!! Enquanto golpeava o orc mais proximo o ar ao redor se incendiou com a tecnica queimando as criaturas, ele golpeou mais trez vezes antes de cair no chão esgotado e enquanto as chamas se estingüiam na paliçada, ficou ajoelhado respirava pesadamente entoando o mantra que permitia que se recupera-se, mau viu a sombra atraz a ponto de brandir o machado. Dasts Gritou:

- Mas.... Sem Chance!! Enquanto entrava na paliçada empurando o Sin amarrado, atirou de forma certeira um pedra, e aprossimou-se golpeando rapido com sua adaga. A palicada estava segura por hora.

Mas as criaturas investiram de novo vindo do salão da caverna e mais um vez pelo corredor a esquerda. Eles resitiram o quanto puderam e como podiam, então o Sin disse.

- Não sei quanto a voces mas eu não quero morrer. E olhou para os olhos de Joshua.

- Mas... O que voce sujere então espertinho... Disse Dasts.

- Cara... se não fosse voce não estariamos nessa encrenca. Disse Santos.

- Eu não os chamei aqui. Retrucou o Sin.

- Não mas é procurado na cidade dos Bruxos, por roubar... Retorquiu o Caçador.

- Voces não sabem de nada, só fugi para poder proteger minha familia e só roubei por que tinha de curar a quem eu amo... O mago de quem roubei, era influente por isso depois de curar minha irmã tive de fugir para proteje-la... O Sin olhou sombrio para seus captores e continuou.

- Voces não tem como sair daqui toda vez que tentamos avançar o Zumbis atacam, e fecham nosso caminho...Esse lugar é maligno, tem uma inteligencia própria e pevertida, ela vai se divertir conosco nos cançar e depois os orcs devoram nossa carne... Me deêm combertura se voces distrai-los eu volto a cidade e busco ajuda, voces viram o salão principal viram o que esta acontecendo -la.

Joshua sentiu um calafrio, realmente o Sin falava a verdade eles deram azar os mortos vivos estavam se agrupando e estavam muito ao norte de onde costumavam ficar, uma grande orda seguindo a trilha subterranea em direção a cidade eles surgiriam do esgoto dentro dos muros, havia guerreiros suficientes na cidade para rechaça-los, mas haveria muitas morte de inocentes.

- Porque deveriamos confiar em voce? Perguntou.

- Minha irmã esta na cidade...

- Vamos todos juntos. Disse Joshua mas sua intenção era outra.

E foi assim que aconteceu, eles avançaram para além da paliçada Joshua e o Sin na frente Dasts correndo ao lado arremessando pedras e golpeando dando cobertura para que Santos pudesse atirar livremente. O Sin sussurou e se ocultou nas sombras correndo em direção ao corredor, não era totalmente invisivel mas conseguiria passar, se tivesse a chance.

Joshua avançou e golpeou com o sabre um zumbi enquanto batia com o escudo em outro, muitos espadachim não usam escudo e a maioria achava Joshua estranho, não era o melhor deles mas sabia se virar. Gritou então.

- Avancem voces dois, corram. Santos e Dasts obedeceram, estavam quase no inicio do tunel quando um nova leva de Orc, avançou pelo tunel, Joshua avançou e brandiu seu sabre forte e rapido, precisa dar tempo aos dois para que pudessem fugir, num momento estava cercado.

Usou o impacto explosivo enquanto pode, isso o enfraqueceu muito, fraquejou por um minuto e caiu derrubado por um golpe, os Orcs começavam a se amontoar, famintos.

Foi quando ouviu o assobio de Flechas e de repente Dasts estava ao seu lado.

- CHUTAR AREIA!! Dasts usou a tecnica de gatuno atordoando um dos orcs o suficiente para arrastar joshua do meio deles e levando-o de volta a paliçada com Santos dando cobertura.

- Droga... mandei voce correrem...

- Voce ainda não vai para o Valhalla, Josh...nem dominamos um castelo ainda...Huahahahaha... Brincou Santos, isso havia sido seis hora atras e desde então a situação não havia melhorado, os mortos atacavam, eles resistiam a pilha de corpos dos dois lados já era enorme, eles estavam fatigados e sem itens de cura. Foi quando o rumor aumentou e a maior leva até aquele momento avançou contra eles.

- Maldito Sin "NOB" do Caramba!!! Gritou santos enquanto disparava suas ultimas flechas. Acenou e seu falcão desceu num rasante.

- Vai ThunderBird!!! Droga... ele vai acabar se ferindo. Mumurou, Dasts, alternava entre se esconder e atacar os orcs que passavam derrubando-os. Joshua parou em pé um pouco a frente do buraco na paliçada e golpeva com todas as suas forças um golpe por orc, tinha de se poupar quanto mais resistisse mais chance seu parceiros tinham, não podia recuar um passo, Santos a direita e Dasts a esquerda estavam irredutiveis.

Foi quando um novo ataque saindo o corredor esquerdo começou, estavam cercados, Thurderbird descia vezes seguidas rasgando, os tres encostaram ombro com ombro e lutavam agora corpo a corpo, mas eram muitos golpes ao mesmo tempo.

- Maldito Sin vou "REPORTAR" ele para Odin quando chegar em Asgard!!! Berrou santos.

- Mas... Mumurou Dasts.

- Vai Otto, nos confiamos em voce...Sussurou Josh... Do alto perto do teto da caverna o Falcão olhava e gritou.

- Screeeeeeeeeeeeeee....




Continua no proximo episodio...

sábado, janeiro 01, 2005
Glossário
 

  • Kser: Adaptação da sigla 'ks' para indicar quem comete o ato de Kill Stealing, que é o ato de bater e matar um monstro que está sendo atacado (ou atacando) outro personagem. KS é uma falta grave no jogo.
  • Looter: Jogador que "rouba" itens dropados de outro jogador, ver Drop. Falta grave no jogo.
  • Drop: Item deixado por monstros derrotados.
  • Mob: Agrupamento de monstros em um mesmo local.
  • Noob. Adjetivo pejorativo do jogo, abreviatura de "No Brain", descerebrados, qualquer jogador que se porte com "idiota" incomodando outros jogadores, Caractizados principalmente pelo uso do acessorio "Mascara Feliz". ver Mascara Feliz. Também conhecido como "Jogadores de Tibia".
  • Impacto Explosivo. Tecnica de combate de Espadachins, que produz um explosão atingindo todos os inimigos ao redor ao custo de SP e HP, de quem usa. ver HP e SP. ver Espadachim.
  • Chutar areia. Tecnica de combate de gatunos, causando dano aleatorio.
  • SP. Special Points, pontos de magia usado para acionar tecnicas especiais.
  • HP. Health points, uma medida da vitalidade dos personagens
  • Sin. Abreviatura de Assassin, traduzido no bRO para 'Mercenário', classe de combatentes de Midgard
  • Caçador. Classe de combatentes de midgard
  • Gatuno. Classe de combatente de midgar e classe previa do Assassin.
  • Espadachim. Classe de combatente de midgar e classe previa de Cavaleiros.
  • Mascara Feliz. Acessorio, proprio de midgar, mas que dizem as lendas á amaldiçoado por Loki condenando quem usa a debilidade mental e escravidão na forma de Bots. ver bots.
  • Bot. Crime supremo de midgar uso de programas ilegais que mantem personagens "jogando" no automatico, recolhendo itens para o dono da conta.
  • Reportar. Ato de denunciar conduta criminosa de jogadores.
  • Fumacento. Especie de guaxinim de midgard
  • Cartas. Intens especiais tirados de monstros que concedem habilidades
  • Alforje. Mochila de viagem.
  • Errante. Lobo errante, mini boss de midgar
  • Brumild Valkiria da mitologia nordica
  • Main Gauche. Adaga de Lamina Larga
  • Stilleto. Adaga de lamina fina e pontiaguda
  • Damascus. Adaga de metal finamente trabalhada
  • Katar Combinação exotica de adaga e escudo, presa ao antebraço do usuario, usada por Assassinos sempre ao pares.
  • MERD@ imprecação, bem comum, mas que em midgar devido a um maldição dos deuses tem fonetica diferente de outros mundos.
  • Grand Orc Membro da Casta superior da sociedade orc, esta entre os poucos com direto a ritus funerarios
  • Cavalo de Pau Tecnica de combate de Mercadores e Ferreiros que consiste em arremessar o Carrinho que usam para carregar mercadorias sobre os oponentes
  • Trovão de jupiter Tecnica de Magia Arcana, consiste em disparar um esfera de energia eletrica, com força concussiva.
  • Barreira de fogo Tecnica de Magia Arcana, Consiste em criar um muro de fogo em pontos determinados pelo usuario
  • Barreira de Gelo Tecnica de Magia Arcana, Equivalente a barreira de fogo usando o elemental gelo.
  • Lanças de Fogo Tecnica de Magia Arcana, Consite em disparar um rajada de chamas concentradas sobre um unico alvo
  • Lanças de Gelo Tecnica de Magia Arcana, Equivalente a Lanças de fogo usando o elemental gelo.
  • Ira de Thorl Tecnica de Magia Arcana, A mais poderosa magia de ataque direto de midgar, incendia um grande area de terreno causando dano maximo aos alvos
  • Nevasca Tecnica de Magia Arcana, Consiste em gerar um campo congelante que paraliza o inimigo
  • Claymore Armadilha explosiva usada por caçadores
  • Poção Azul Composto de Ervas capaz de recuperar a energia espiritual, permitindo que usuarios de magia se recuperem.
  • Carrinho. Ferramenta usada por Mercadores e ferreiros para transportar mercadorias e como suporte para uma de suas tecnica de luta.