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domingo, maio 08, 2005 |
Capítulo III: A Paliçada - Parte II |
-" Screeeeeeeeeeeeeee...." O Espadachim estava caído no chão, engalfinhado com um orc que havia saltado sobre ele, lutando para tomar o machado de batalha da criatura. Santos já não podia mais usar o arco, suas flechas haviam acabado, e lutava corpo a corpo com sua Main Gauche, enquanto o falcão rasgava a carne putrefata com suas garras. Dasts agitava sua adaga rapididamente, envenenando as criaturas a cada golpe e esquivando-se o quanto podia, pois já não havia mais espaço para usar esconderijo. - ?Tem algo errado aqui. Eles pararam de avançar...? ? Santos diz, olhando ao redor desconfiado. - ?Eles estão brincando...conosco...brincando..? - Retorquiu Dasts. ? ?Hey Joshy precisa de ajuda?? Perguntou. O Orc estava com o focinho pestilento encostado no rosto de Joshua, enquanto este procurava afasta-lo com o cotovelo e segurar ao mesmo tempo o machado. Com a mão livre, socou o orc, e quando ele afrouxou o aperto, sacou seu velho Estilleto de caça do cinto. -?GOLPE FULMINANTE!!!? ? Joshua gritou, ao cravar a arma no estomago da criatura. A carne foi arrancada dos ossos e se espalhou pelo ar enquanto o esqueleto se partia em dois. Então ele se levantou e pegou o Sabre do chão com a mão direita. Seu escudo havia se perdido, detestou isso. Continuava segurando o Estilleto na mão esquerda. ?Posso não ser capaz de fazer o que um Sin faz com duas armas, mesmo assim ainda sei me virar?, pensou. Santos acabava de derrubar mais uma criatura e gritou para Joshua: - ?MERD@...Eu odeio quando voce faz isso...MERD@...? - Esbravejou num misto de riso e raiva. - ?Eu quero um Banho...? ? Emendou Dasts. - ?Quando sairmos daqui, juro que te jogo dentro da fonte na praça da capital. Está bom assim pra você?? - Retrucou Santos, visivelmente mau humorado. - ?Se sairmos daqui, voce quer dizer...Vejam!? ? Dasts diz, alarmado, apontando. Os zumbis estavam parados na passagem da paliçada que dava para o caminho de volta, mas vindo da caverna mais profunda, parados na entrada não haviam Orcs Zumbis, mas sim uma fileira de Orcs Esqueletos, muito mais fortes e malignos do que tudo que haviam enfrentado até ali. As criaturas não se moviam e a caverna parecia muito mais escura agora. Mal podiam percebe-los, a não ser pelo leve brilho vermelho vindo das orbitas vazias onde um dia haviam estado seus olhos. O Espadachim postou-se de frente para os esqueletos. Sabia que mal podia manter-se de pé, mas segurava o sabre ao contrário na mão, com a lamina correndo paralela ao seu antebraço, a ponta chegando ao seu cotovelo, e o Estilleto na outra mão, em posição semelhante.Joshua mantinha a postura de um lutador de boxe pronto para o assalto, usando a postura que seu mestre chamara de "Ultimo Bastião", a resitencia final. Santos ao seu lado, Main Gauche na mão, ainda possuia uma ultima armadilha. Teria apenas uma chance, e arriscaria tudo nela, e mesmo nunca tendo usado esse tipo de armadilha antes, ele não hesitaria se fosse para salvar a vida de seus companheiros. Com um breve aceno de sua mão livre, o falcão pousou em seu ombro. Havia um brilho feroz nos olhos de ambos, refletindo morte. Dasts estava de costas para os dois curvado, praticamente agachado. Deitou sua Adaga no chão com a mão pairando por sobre ela, fazendo seu rito final e se preparando para encarnar o "Vento Letal", a forma lendaria que todos os Gatunos e Sins esperavam se tornar um dia. A respiração cessou na caverna. Os ruidos emitidos pelo ranger dos ossos dos esqueletos, e os grunhidos baixos dos zumbis também haviam parado, tornando o clima ainda mais assustador. Na escuridão, as pequenas labaredas que eram os olhos de seus oponentes começaram a se mover, abrindo caminho para a passagem de algo. Podia-se distinguir claramente uma formação em forma de "V", com o vertice terminando logo à frente dos tres companheiros. Foi então que eles perceberam o que se aproximava aproximava deles. Mais alto que as outras criaturas que os cercavam, surgiu um Grand Orc, de pele azul como seus pares, porem um azul fosco, e com saliva verde caindo pelo canto da boca. Os companheiros julgaram que ele fosse um zumbi como os outros, o que era algo raro pois, dentro da hierarquia dos Orcs, os Grand Orcs estavam entre os unicos com direito a ritos funerários, e portanto não havia conhecimento de Grand Orcs zumbis, ao contrario do que acontecia com seus irmãos de casta mais baixa, que eram literalmente despejados dentro das catacumbas. Ele estava vestido com o traje cerimonial da casta guerreira, e com o corpo coberto de chagas, nitidamente morto como os outros, carregava um pesado machado de guerra. Na penumbra que os cercavam, o Grand Orc parou na frente do grupo. Foi quando notaram que, ao contrario dos outros, seus olhos não brilhavam com chamas vermelhas, eram meramente orbitas vazias e escuras. O Grand Orc grunhiu algo e os zumbis da fileira de trás começaram a avançar às dezenas. Os tres companheiros mais uma vez lutavam além das forças que ainda tinham, só que desta vez os orcs, em numero muito superior, procuravam restringir seus movimentos, avançando sobre eles com dezenas de braços que agarravam, seguravam, apertavam e machucavam, Logo, os tres estavam impotentes e de joelhos perante o poder da massa morta-viva que avançava impiedosamente sobre eles. Mesmo o falcão de Santos havia sido preso ao chão e lutava, ainda rasgando a carne podre da criatura que o segurava com um certo cuidado, como se não quisesse feri-lo, o que por si só era aterrador demais. O Grand Orc se aproximou deles, e levantou seu machado, pronto para desferir um golpe indefensável. Santos levantou o rosto, desafiando seu destino, e olhando dentro das órbitas vazias e sem vida, não pode distinguir nenhuma expressão de sentimento na criatura, prepararou-se para soltar um imprecação, quando... Repentinamente, uma rajada de vento invadiu a gruta. Um vento fresco como o orvalho da manhã, e um som como de capim queimando tomou conta da caverna. Joshua não podia virar-se para ver, pois uma das criaturas estava segurando seu pescoço, imobilizando-o, porém pôde perceber um brilho como o tremeluzir de uma chama refletido na parede ao seu lado. Algo estava abrindo caminho por tras dele. Sentiu um fio de esperança crescer em seu coração, mas a criatura à sua frente continuava impassível, preparando-se para golpear seu crânio com o machado. Dasts abriu um largo sorriso ao ouvir um assobio que ele conhecia muito bem. O Grand Orc desceu seu machado com furia sobre a cabeça de Joshua. - ?Magia de teleporte!? ? o jovem gatuno suspira aliviado. - ?CAVALO-DE-PAU!? Joshua de repente sentiu-se como se todo o peso do mundo tivesse sido tirado de suas costas. Levantando a cabeça, agora livre, ele vê um homem alto de camisa branca interpondo-se entre ele e o Grand Orc, desviando o golpe fatal para o lado com uma das mãos enquanto desferia um poderoso golpe com um machado tão grande quanto o do Orc firme na outra, cortando de baixo para cima o abdomem da criatura. Nos segundos seguintes, só se podia ouvir um som ensurdecedor, como se fossem milhares de abelhas furiosas zumbindo em seus ouvidos, sentiram todos os pelos de seus corpos se eriçarem-se, ao mesmo tempo que ouviram alguem gritar: -?TROVÃO DE JUPITER!!!? A magia passou reta por eles, sem atingi-los, enquanto empurrava e eletrocutava os algozes que ainda insistiam em domina-los. Joshua viu o homem girando seu enorme Machado de Duas Mãos de lado contra o Grand Orc, empurrando-o alguns bons metros para trás. - ?Ei Chefia, precisando de uma mão aí?? ? Disse o musculoso Ferreiro à sua frente, enquanto este afastava uma mecha de seu cabelo esverdeado dos olhos para observar as condições dos resgatados.. - ?Byron....Shade... eu nunca fiquei tão feliz em ver essa sua cara feia...quanto agora.? - Disse Joshua com um sorriso torcido, algum sangue escorria de sua boca, enquanto o ferreiro jogava um pequeno saco para Joshua. Os esqueletos começaram a avançar todos de uma vez, e Byron segurou no cabo de seu machado com as duas mãos, pronto para repelir a investida. - ?BARREIRA DE FOGO!!!? - Falou um voz suave vinda de tras deles. Imediatamente, labaredas altas brotaram do chão, ao redor do grupo, destruindo os esqueletos que se aproximavam demais. Ao mesmo tempo, uma luz prateada como o luar brotava do solo ao redor dos três, que imediatamente sentiram-se mais fortes e revigorados. - ?Magia de Cura...? ? Santos murmurou, quando uma voz feminina veio de trás deles. - ?Mestre Joshua!!? - Disse a sacerdotiza dourada. - ?Joshua querido! E voce Ramonzinho!! Vocês estão bem?? - Disse a maga de cabelos verdes acenando para Santos. - ?Graeff!! Lady Ássia!!! Estou tão feliz de vê-las...? ? Joshua diz, suspirando aliviado com o reforço, ou talvez algom mais. - ?Acho que voce tem é sorte de ainda ter olhos para vê-las...? - Disse Santos sorrindo. - ?Mas...? - começou Dasts. O espadachim abriu o saco, distribuindo as Poções Azuis com deus amigos. Bebendo-a, sentiu-se plenamente revigorado. A Barreira de Fogo que Graeff tinha lançado começava a enfraquecer, e as criaturas estavam começando a passar por ela, ainda que não ilesos. Byron ainda conseguia dar conta dos que passavam, mas a barreira continuava a enfraquecer. Joshua se levantou , pondo-se ao lado do Ferreiro pronto para repelir os ataques, mesmo estando desarmado, quando a mesma voz de antes gritou: - ?NEVASCA!!? Saindo das sombras, o Bruxo de cabelos brancos gesticulava contra as criaturas, lançando jatos de vento congelante contra os esqueletos, ao mesmo tempo em que se aproximava do grupo. As criaturas irracionais, tentando chegar aos seus alvos, quebravam os corpos de seus companheiros, agora congelados e apenas aumentavam ainda mais a barreira de gelo e corpos que se formava entre eles e o grupo. Estavam salvos, mas todos ali sabiam que era uma segurança apenas momentânea. - ?Hails Josh, Santos, Dasts...? - Cumprimentou o Mago. - ?Como vai Fen? Faz tempo que não nos vemos.? - Disse Joshua ao amigo. - ?Joshua, em que rolo voce se meteu dessa vez, hein??- questinoa Graeff, com as mãos na cintura, visivelmente zangada com o espadachim. Joshua suspira e sorri. Por mais jovem que a maga fosse, ela tratava a todos como verdadeira mãe ganso. - ?Nem me fale...coisa de espadachim azarado, sabe?? ? Joshua responde à Graeff ? ?Como alguém já me disse uma vez, ?Se um dia chover Elfas, no meu colo cai um Orc.?? ? Byron, descansando o machado no chão, sorri ao ouvir a frase. ? ?Err...Desculpe o comentario machista...? ? Conclui o espadachim, visivelmente encabulado. - ?Ohhh! Para de papo!!!? ?Disse Santos ? ?Essas pestes vão acabar parando na cidade se não os impedirmos. Cade o resto da guarnição?? Pergunta gesticulando. - ?Não vieram...? - responde o Bruxo. - ?Não acreditaram na historia...ainda mais vindo de quem veio, Joshua... Tolos..? - contemplou Ássia. - ?Bem, as coisas não melhoraram muito.... Sete contra uma legião. Não temos chance alguma...? - disse Dasts, soturno. - ?Alguma ideia Shade? Não temos muito mais tempo até eles conseguirem quebrar a barreira...? - o espadachim perguntou ao ferreiro. - "Bem, se você quiser, podemos dar meia volta aqui e sair correndo pelo tunel, MAAAS..." - Começou o ferreiro. - "Mas eles vão superar a barreira e nos seguir, e em espaço fechado, adicionado o fato de estarem em numero muito superior, a medio-longo prazo eles terão toda a vantagem...? ? emendou o bruxo ao que Byron disse, encontrando vários olhares desnorteados em sua direção. Suspirando, ele continua. ? ?Ou seja, quando nos cansarmos de correr, eles nos pegam.? Completou o Bruxo preocupado ao tirar o chapeu e passar a mão pelos cabelos brancos. - "Ahem... Na verdade, a barreira JÁ ESTÁ cedendo..." - Disse Dasts, alarmado. - "Então só tem um jeito de protegermos a cidade: Fechar o túnel.." Sentenciou o Ferreiro, preocupado, porem resoluto. - "Sim, com isso e nós ficamos presos aqui..." Disse Johua com um olhar sombrio. - "Ássia, será que não rola um portalzinho básico pra sairmos daqui?" Disse Graeff, abrindo um sorriso enorme pros dois. Byron e Joshua se entreolharam e dividiram o mesmo pensamento: "Burro! Burro! Burro!" ? Joshua deu um tapa na testa, enquanto Kendrik explodiu numa sonora gargalhada. - ?Ok, Seid, essa é a prova cabal que devemos deixar as idéias pros magos e tratar de trabalhar só com os músculos!? ? Byron disse, sorrindo. Pigarreando, Santos interrompe: - "Pessoal, eu tenho uma Claymore... É minha ultima. Me dêem cobertura que eu vou lá planta-la na boca do túnel.? ? ele se virou e começou andar, mas Dasts, segurando-o pelo ombro, impediu sua saida e disse: -"Não, amigo..Eu vou. Sou mais ágil, e portanto tenho mais chances de chegar lá do que você." ? sem esperar resposta do caçador, o gatuno pegou a armadilha explosiva. - "Kendrik, nós vamos avançar o máximo que pudermos, e quando estivermos perto da entrada, voce sabe o que fazer..." Disse o Espadachim. -?Ok... só queria poder fazer mais do que espetar alguns orcs. Minhas flechas acabaram...? ? Santos se lamentava, empunhando a Main Gauche e se colocando ao lado do espadachim e do ferreiro para ajudar a limpar o caminho. -"Não seja por isso, Fantos.? ? Disse o ferreiro, catando uma alijava de flechas de seu carrinho e entregando ao caçador. ? ?Isso era... bem, para outros serviços... mas pegue, vai ser mais útil pra você agora. Ah, sim, garoto, toma, você vai precisar disso também? ? Byron completa, jogando uma Damascus trabalhada com detalhes em prata e ouro para Dasts. - ?Acho que tenho algo melhor pra você por aqui também, Josh...? - "Não...precisa... Shade." - Joshua ajoelhou-se e desamarrou um tubo de pano que sempre trazia preso as costas. Desenrolando-o, tirou algo semelhante a um manto de tecido fino e branco, amarrado com uma fita verde, desatou o nó, revelando uma Kataná finamente trabalhada. Não chegava a ser uma arma incomum, mas esta tinha um brilho especial, parecia estar pulsando viva. Joshua, ainda de joelhos, amarrou o tecido ao redor da cintura, e prendeu a Katana ao arranjo. Ficou em silencio por alguns momentos, respirando pesadamente, com se de repente o peso do mundo estivesse novamente sobre seus ombros. Sua concentração foi quebrada de repente, pois a barreira havia cedido e os esqueletos começavam a avançar. -"DAMN! Seid!! Temos que ir!!!? - Berrou Byron para Joshua, colocando a mão em seu ombro. O espadachim, gentilmente retirando a mão calejada do amigo, levantou-se desfraldando o manto, onde agora podia-se ler um texto em runas antigas: "Contra o Mal Seja. Impassível como a montanha. Veloz como o vento. E Majestoso como a Floresta." Desenbainhou a espada em um gesto fluido - a lamina era longa e fina, com uma estrela entalhada na base da lâmina, e uma rosa com o caule entrelaçado na estrela, como se nascesse dela, correndo ao longo da lâmina. -"Josh...Você nunca foi lá muito bom com espadas de duas mãos, lembra?" - Disse Byron, preocupado. - "Essa é especial...era a espada da ...Lua...eu sei que ela vai me ajudar. Tenho certeza disso." - Disse o espadachim, ainda com o semblante pesaroso, ao mesmo tempo em que avançava ao lado do amigo. - "Josh..." murmurou Ássia, que ia à frente, junto com os dois guerreiros, alternado golpes com sua maça-espada e magias de curas nos mortos-vivos, causando graves danos ao infundir vida aos corpos putrefatos, que caiam como moscas. O Espadachim e o Ferreiro ladeavam, golpeando ferozmente os orcs que avançavam, tentando abrir caminho até passagem. Santos vinha atrás disparando rajadas de flechas em qualquer um que passasse pelos três, e cobrindo o avanço de Graeff e Kendrik por trás, que lançavam barreiras de fogo e de gelo, atrasando o avanço dos esqueletos que os perseguiam. Dasts aproveitava todo o espaço que lhe era criado para avançar com a Claymore. - "AGORA!!!" - Joshua gritou ao chegarem no final da plataforma que formava o corredor. Todos movimentaram-se rapidamente, em uníssono, formando um circulo ao redor de Kendrik, protegendo o bruxo. Os zumbis finalmente se uniram aos esqueletos na frente, e agora formavam um unico bando cercando o grupo. O bruxo concentrou-se profundamente, como se sua consciência tivesse ido parar em outro plano de existência. Um pentagrama de luz se formou aos seus pés, e um círculo de energia mágica passou a envolver os companheiros. Dasts se agachou, pondo-se a postos para correr. - "LANÇAS DE FOGO" - Gritou Graeff, enquanto disparava uma rajada de fogo concentrado sobre um Esqueleto. Girando para o lado, gesticulou novamente enquanto gritava - "LANÇAS DE GELO!!" E mais um zumbi caiu com estacas de gelo perfurando seu corpo todo. - "BARREIRA DE FOGO!!". ? e um muro flamejante brota do chão, queimando as criaturas que se aproximavam. -"Byron, querido, poderia me ajudar aqui um instantinho?" - Piscou enquanto falava. -" Claro Milady!!" - Disse o ferreiro, lutando enquanto se aproximava da maga. Ao passar por um esqueleto, golpeou a sua perna e no mesmo movimento chutou-o para sua frente, derrubando um grupo de zumbis que se aproximava. -"CAVALO DE PAU". Gritou ele, ao pegar seu carrinho abarrotado e girá-lo para cima dos esqueletos e zumbis. A força concussiva do golpe arremessou as criaturas a frente sobre a barreira de fogo de Graeff, que, sorrindo, lançou uma nova barreira sobre eles, matando-os prensados entre duas paredes de fogo. -"Obrigada, nobre Ferreiro." - ela disse, com seu belo sorriso. Byron retribui o sorriso, e continuou repelindo os inimigos que se aproximavam demais. Santos e ThunderBird, o falcão, lutavam como uma só entidade, rajadas de flechas e garras, cortando e derrubando o que vissem pela frente.Tudo acontecia muito rápido, bastou uma unica distração, quando se virou, viu que um esqueleto tinha furado a barreira e se aproximava de Ássia sem que ela percebesse. A criatura levantou seu machado pronta para atacar, e Santos, reagindo por instinto, disparou célere, derrubando o monstro, Assia voltou-se gritou: -"Cuidado, Ramonzinho!!!? - Ele se virou e notou com o canto do olho o brilho enferrujado da espada do Orc Zumbi, já proxima demais para que ele pudesse esboçar qualquer reação... Santos já dava seu fim como certo. Seu falcão não conseguiria chegar a tempo, e soltou um guincho forte de onde estava. -" Screeeeeeeeeeeeeee...." O movimento foi súbito. A espada desceu sobre o pescoço de Santos, ele só pode notar o reflexo metalico da arma e pensou: "Isso não pode ser o Valhalla..." Mas a espada não chegou a toca-lo; ela foi detida no meio do movimento por um Katar. De um unico pulo, o Assassino saiu das sombras que os rodeavam, rodopiando os braços abertos, e num movimento fluido como a água afastou a espada e golpeou o zumbi uma, duas, três, mais vezes que o olho humano era capaz de acompanhar. No final, sobrou apenas uma massa putrefata de carne no chão. Meramente voltando a cabeça para o caçador, ele diz: - ?E engula tudo o que disse sobre mim... Caçador...Voce me deve uma.? - Otto deu outro salto e desapareceu novamente nas sombras. Santos apenas deu de ombros e voltou a ação. Ássia exultava de prazer, num misto de riso e nervosismo, golpeava e alternava curas entre ela, Josh e o zumbis, que caiam tão rápido quanto outros tomavam seus lugares. -"Iuhuu...Vamos meninos! Tem muitos ainda para derrubarmos!." ? Ela gritou. Joshua, que estava um pouco mais à frente, mantinha um postura essencialmente defensiva, esperando o maior numero possivel de criaturas se aproximar, ao custo de alguns golpes e ferimentos que eram prontamente curados por Ássia, para então disparar seu Impacto Explosivo. No entanto, a cada golpe que Joshua lançava sobre os inimigos, um efeito diferente ocorria. -"IMPACTO EXPLOSIVO!? A onda explosiva cresceu do ponto onde Joshua atingiu o monstro, queimando os adjancentes, e formando uma onda de choque, que assim que passava os deixava congelados ou atordoados , fogo e gelo em um unico golpe. - "Santos, eles são todos seus!!!? Josh berrou, chamando a atenção do caçador, que, sorrindo, aproveitou a chance dos alvos fáceis com prazer. Byron olhou de lado desconfiado: - "Que isso, Seid? Andou aprendendo magia com seu discípulo, é?? ? o ferreiro conseguiu grunhir enquanto empurrava três esqueletos para outra das barreiras da Graeff. - "Deuses, como esses bichos fedem!? - "Não... esta é uma dádiva da Lua...a espada é encantada...GOLPE FULMINANTE!!" - Disse o espadachim enquanto golpeava forte os monstros que não paravam de se aproximar. A cena toda não durou mais que dois minutos, tempo suficiente para Kendrik Fenyang voltar a si, e gritar as ultimas palavras que ativariam seu encanto. O chão tornou-se avermelhado, ato que Dasts entendeu ser sua deixa e saiu correndo na direção da entrada da passagem. A voz de Kendrik foi ouvida forte e profunda apesar de seus labios não se mexerem. -"IRA DE THOR!!" ? Todos sentiram o próprio ar se tornar espesso, como se o tempo parasse. Imobilizados pelo choque, só puderam perceber uma luz cegante que tomou conta da caverna. Um vento forte e quente soprou, como se o proprio Odin golpeasse o solo, liberando fagulhas douradas para todas as direções.Os monstros começaram incinerar rapidamente, um após o outro, a caverna tremeu com o estrondo de um trovão e a magia se desfez. Só restaram cinzas ao redor do grupo. -"Hey Orcs!!! Eu tenho aqui um Bruxo carregado e não problemas em usá-lo, viu!? ? Byron berrou a plenos pulmões, ao ver o estrago criado pela magia devastadora. -"Click!!!" ? disse Kendrik. ? ?Acho bom essa armadilha funcionar, porque depois dessa, não tenho energia para mais nada.? -"Mas...Se voce podia fazer isso desde o começo, para que usar o explosivo??, Dasts perguntou Dasts da entrada da passagem, onde terminava de armar a Claymore. A resposta veio de forma macabra do meio das cinzas: um zumbi se levantou do monte de cinzas, meio queimado pela magia. Tentou agarrar o gatuno, enquanto mais monstros vinham pela palicaçada. Dasts girou o corpo para todos os lados e de modos que um ser humano normal não conseguiria, esquivando-se das garras que tentavam a todo custo segura-lo, e no mesmo movimento chutou o zumbi, que rolou sobre a armadilha, acionando o detonador. Dasts movia-se como um felino, saltando e rolando para fora da área da explosão, em direção aos seus amigos. A entrada da passagem ruiu com o impacto, e o teto da caverna começou a rachar com um guincho agudo. Ássia agiu rapidamente e conjurou o portal que iria tira-los dali. Joshua murmurou: -"ÔOO Azar...? ? para então emendar ? ?Vamos todos Rapido!? - ele gritou enquanto embainhava a Kataná. -"Hey chefia, missão cumprida." ? Byron passou por Josh, batendo em seu ombro, e parando perto do portal, esperando os outros passarem, ele mesmo só entrando depois que Graeff passou. Joshua hesitou, pois não queria deixar Ássia para trás, mesmo sabendo que o portal se fecharia no mesmo instante em que sua conjuradora passasse por ela.De súbito, algo o golpeou forte na nuca, fazendo-o cair no chão e rolar sobre as cinzas. - "Me larga, Maldito!" - Gritava Ássia, enquanto era arrastada pelo pescoço pelo orc zumbi, e lutava para manter o portal aberto, que já oscilava. Um braço horrendo a segurava, apenas um braço; as outras criaturas haviam parado novamente de se mover. Joshua viu com horror que o Grand Orc ainda estava em pé. Byron havia decepado um de seus braços e aberto sua barriga de cima abaixo, e ainda assim ele caminhava. A criatura virou-se, e ele pode ver seu torso aberto e orgãos expostos, mas havia algo preso em seu peito, algo que ninguem via a milênios e que, se soubessem o que era, saberiam que não deveria estar ali.. Joshua só conseguia distiguir um branco como o reflexo de marfim e dois pontos de brilho esverdeado. Ele abaixou a cabeça, e viu um dos escudos orcs, com as bordas afiadas como laminas, como era o costume das criaturas. Ele não precisou pensar muito para tomar uma atitude, jogou-se para frente, agarrando o escudo e, com um rodopio do corpo, arremessou-o como um disco na direção da criatura. O escudo corria perto do solo, ele não sabia como tinha feito aquilo, e chegando perto do monstro, deve ter batido em algo que fé-lo girar pra cima, cravando-se em seu peito. Ele cambeleou, hesitando com o ataque-surpresa, e, subitamente, mais uma vez o Assassino surgiu das sombras, por trás do grand orc, cravando-lhe as Katares nas costas, o que fez a criatura soltar Ássia. No mesmo movimento, rasgou-lhe as costas, e esquivando-se pelo lado do monstro, agarrou Assia pela cintura, e correu na direção de Joshua, saltando, empurrou-o contra o portal, jogando-se dentro dele com a sacerdotisa nos braços em seguida. Epilogo 1 O portal estava fechado e todos finalmente a salvo. O único detalhe é que acabaram se materializando sobre a fonte da praça de Geffen. Não bastassem estarem sujos, coberto de cinzas, poeira e sangue de zumbi, e fedendo à carniça, agora estavam também completamente encharcados. Ássia e Graeff não conseguiam parar de rir da situação; Santos xingava todos os deuses que ele conhecia e até alguns que ele não conhecia também; Dasts simplesmente boiava nas águas da fonte, de vez em quando soltando um esguicho d?água pela boca; Kendrik saíra da fonte, e sentou-se de pernas cruzadas, de costas para todos, visivelmente emburrado por ter se molhado; Byron estava mais preocupado em tirar o carrinho de dentro da fonte, antes que as mercadorias estragassem, e Joshua meramente estava sentado dentro d?água, com a cabeça baixa. - ?Hehehehe...Eu pedi um portalzinho básico, Ássia! Não precisava vir um com Piscina, né??.- disse Graeff rindo, deitada dentro d?água. - ?Hahahaha... Desculpa, Graeff. A moça estabanada aqui, naquela confusão toda, só conseguia pensar no clima agradável da fonte de Geffen!!!? - disse Ássia, sentada de pernas cruzadas na água. - ?Droga... meu chapéu... todo molhado... droga...? - Resmungou Kendrik. De repente, Santos pula em cima de Dasts, afundando-o na água. - ?Que foi isso?!? ? Dasts perguntou, cuspindo água - ?Promessa é dívida, lembra, Dasts?? ? respondeu o caçador, abrindo um largo sorriso e dando outro caldo no amigo. Joshua vagarosamente levanta a cabeça e olha a cena. Um sorriso, ainda que entristecido, surgiu no seu rosto. - ?Salvamos a cidade... mas e daí? Ninguém parece dar a mínima pra isso... Ninguém sabe o que passamos pra salvá-los...? Passou a mão pelos olhos tentando aliviar a dor nas temporas. - ?Mas salvamos, Seid. E nós sabemos. Nõs sabemos, amigo.? ? Byron, já do lado de fora da fonte, colocara a pesada mão no ombro do espadachim, abrindo um largo sorriso pra ele. -"É mas eu perdi meus Oculos, na confusão..." ? Joshua abriu um de seus raros sorrisos e partilhou um gargalhada com Byron. Já mais afastado do grupo, Otto observava a cena, devidamente protegido nas profundezas de uma sombra próxima. ?Um dia, quem sabe, poderei rir como eles. É. Quem sabe, algum dia...?, ele pensa, antes de sumir novamente no mundo. Epilogo2 Nos escombros da caverna, um par de olhos amarelados caçava na escuridão, farejando os restos da batalha. Se houvesse alguem vivo ali, reconheceria imediatamente a criatura, com seu pelo roxo e as presas retorcidas saindo fora da boca. Zenorc... Em qualquer lugar do continente, esse nome era uma imprecação. Nenhuma criatura viva era capaz de suportar a presença do carniceiro sem sentir náuseas imediataemente. No meio de um grande corpo, aberto de cima abaixo e de um lado ao outro, ele achou um pequeno objeto, um leve brilho esverdeado, agarrou como se fosse a coisa mais valiosa da terra, e novamente desapareceu na escuridão de onde veio... Continua no Proximo Episodio... |
Capítulo enviado às 05:03 por Guinnyn Nightshade |
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