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segunda-feira, julho 25, 2005
Capítulo VI: Heróis
 
Era manhã na cidade dos Arqueiros, e como era de costume, a cidade estava parcialmente escondida no nevoeiro formado pela serração. Payon estava incrustada no meio das serras que ficavam entre as planícies e desertos no meio do continente e o mar, onde o terreno acidentado impedia o maior avanço da civilização, e natureza verdejante proliferava. Toda manhã o vento humido que soprava do mar, ao entrar em contato com o clima mais frio da serra criava o nevoeiro que impedia que os raios do sol que nascente tomassem conta plenamente da cidade. Não que isto fizesse muita diferença para o povo da cidade, que na maioria estava acostumada a acordar antes mesmo da alvorada. Em sua maioria, eram caçadores e outros que se dedicavam a arte do Arco, saindo cedo para trazer para casa o sustento e, com alguma sorte, o almoço e o jantar. Entretanto, ao contrário do que possa parecer, a região tinha o solo muito fértil e o clima favorecia o cultivo de diversas frutas, os vinhedos e pomares se espalhavam pelos morros. Payon era muito conhecida pela qualidade de suas frutas e dos sucos que produzia e exportava para outras cidades de Rune Midgard. O cultivo e a caça faziam parte da cultura daquele povo desde a fundação da cidade, e ela podia ser considerada à primeira vista idílica, principalmente sob a luz da aurora, e com o coro suave das lavradoras que caminhavam juntas para os vinhedos cantando antigas cantigas, mas como muitos outros lugares do continente tinha seu aspecto sombrio por debaixo da serenidade da vida cotidiana.

Nesta manhã enevoada, um garoto de corpo esguio e expressão matreira que devia ter por volta de 10 anos de idade, caminhava despreocupadamente pelas ruas da cidade. Admirava de longe o telhado do palácio da cidade, e como sempre, adorava ver como a luz do sol, que já começava a repelir a névoa, refletir nas telhas de ardósia do majestoso prédio gerando pequenos arco-iris na umidade da neblina. Ele usava uma camisa branca de algodão e calças curtas de couro, carregava nas costas um vara de pesca e um bolsa de couro curtido. Esse garoto era um dos poucos órfãos que viviam na cidade, sem moradia certa, que dormiam onde eram acolhidos e faziam pequenos serviços para sobreviver, principalmente no palácio, onde ajudavam os servos nas tarefas em troca de comida e algum zenny. Este órfão em particular tinha fama de ser arredio e independente: até aquele momento, ele havia já fugido da casa de duas famílias que o acolheram e recusou um sem numero de pedidos de adoção. Apesar da aparência esquálida, ele tinha braços fortes e era trabalhador e até bastante honesto, mas por sua fama, muita gente o evitava. Era um Forte e tinha um amigo verdadeiro.

O garoto parou na frente de umas das casas da vila, largou a vara e a bolsa num dos cantos do jardim, e se esgueirou até o fundo da casa, como quem quer ser furtivo, mas sutil com um touro. Parando na frente de uma das janelas do segundo andar, tirou do bolso um seixo que havia pego no jardim e jogou-o na janela uma, duas vezes, mas ninguém apareceu. Na terceira, usou força demais e arrebentou um dos vidros com estardalhaço.

- Arre, ferrou!!!. - O garoto colocou as mãos na cabeça, e deu um passo atrás, sabendo que aquela janela quebrada iria colocá-lo em outra encrenca. Isso até sentir alguém colocar a mão em seu ombro, o que fez ele dar um pulo de susto, girando no ar e cerrando seus punhos pronto para a briga, mas se tranqüilizou ao ver quem era: outro garoto, cabelos vermelhos, um pouco mais baixo que ele e rosto sardento, aparentando uns 8 anos de idade, usando uma camisa xadrez e calças de tecido grosso, que pareciam grandes demais para ele, o suficiente para ele ter de dobrar a barra. Em uma das mãos o garoto ruivo tinha também um vara de pescar. Ele esfregou os olhos como se tivesse acabado de acordar, olhou na direção da janela quebrada, e arregalou-os enquanto dizia.

- Caramba!!! Magro, eu vou levar a culpa disso!! - Disse boquiaberto. Começavam a ouvir vozes vindas de dentro da casa, e pelo tom delas os garotos sabiam que seus donos não estavam nada contentes.

- Vambora Ruivo!!! Se seus pais pegam a gente aqui, já era!! - Falou o garoto magro, e ambos saíram correndo para a frente da casa. Em um movimento, o garoto mais velho pegou seus apetrechos no jardim, e correram como se tivessem o Lobo Errante no encalço deles e, por um momento, assim que o pai do ruivo saiu de casa, podiam até mesmo ouvi-lo
.
- Saaaacoooooooooo.... - Por que você fez isso Magro?? Droga, nós não tínhamos combinado de nos encontrar no jardim dos fundos?! - Disse contrafeito o jovem sardento.

- Uá, você não apareceu, então achei que você ainda tava dormindo e tentei te acordar.... - Disse o outro dando de ombros.

- Foi VOCÊ que demorou!! Demorou tanto que eu acabei dormindo no jardim!! - Respondeu emburrado o ruivo.

- Ahh tá... Bem, já que seu pai vai arrancar mesmo a sua pele para fazer bainha de espada... Vamos aproveitar enquanto você ainda esta livre, leve e solto! O ultimo que chegar no mirante é um Poring Perneta!!! - Berrou o Magro e disparou na corrida.

- Trapaceiro!! Você vai ver, magro!! Você me paga!! - Seguiu o outro de cara fechada.

Os garotos passaram a manhã inteira pescando na beira do riacho que passava pela entrada da cidade, mas não conseguiram absolutamente nada. Magro, com água até os joelhos, resmungava:

- Esses peixes são os maiores looters! Tão levando todas as iscas embora....

- Tá então... Você devia então experimentar usar um Hode como isca então. Pelo menos os peixes iam ter trabalho pra roubá-lo do anzol. - Disse o garoto Ruivo que já tinha desistido de pegar qualquer coisa e encontrava-se deitado à sombra de um pinheiro próximo à margem, os braços cruzados debaixo da cabeça e mascando um talo de grama.

- E você duvida que eu consiga pegar um? - Respondeu com um sorriso.

- Não duvido... Você é doido o suficiente para tentar... E vai acabar virando comida de Minhoca Gigante.

O Magro saiu da água ainda emburrado por ter perdido as iscas e não pego nada. Andou descalço pela areia da margem até a grama, subiu pelo barranco e sentou-se, esticando as pernas para secar ao sol. Ruivo aproximou-se ainda com o talo de grama na boca e sentou ao lado do outro.

- Magro...Voce vai mesmo para a Academia?- o ruivo perguntou.

- Mas é claro que eu vou!! Pode ter certeza que ficar aqui e plantar uvas é que eu não vou!! E você? - Questionou o garoto mais velho.

- Não sei... - Começou o outro.

- Como assim, "não sei"? Seu pai é um Espadachim, Ruivo!!! No mínimo você tem de virar cavaleiro!! - Berrou o garoto.

- Mas eu não sei mesmo... acho que eu... VOU SER PIRATA!!!! - Deu um pulo e ficou de pé na beira do barranco. - Viajar pelo mundo, Pilhar e Estripar!!! - Completou.

- Pirata!? Fala serio, ruivo. Não existem mais piratas vivos há muito tempo! Estão todos dependurados pelos pés na saída de Alberta... - Disse o Magro com uma careta. - Não sei o que vou ser, só sei que eu não vou ficar preso aqui! Hey não esta quase na hora do Velho chegar?

Ambos se levantaram de um pulo e pegavam suas coisas para sair quando, de repente, ouviram um assobio baixo, mas estridente. Nunca tinham ouvido um som daqueles na vida e, mesmo que tivessem, com certeza não estariam preparados para o que ia acontecer. Do nada, a uns dois metros acima deles, houve uma pequena explosão de luz, e mais que de repente ambos foram atingidos por algo caindo em cima deles do nada, com um baque surdo.
.
O Magro levantou a cabeça e olhou devagar de um lado ao outro, tentando avaliar o que aconteceu. Sorriu maroto quando viu a garota, aparentando uns quinze anos, que havia caido atravessada sobre ele. Ela usava um vestido longo de cor clara, tinha o cabelo castanho claro e comprido preso num rabo-de-cavalo, deixando aparente suas... orelhas de Elfa. Não parecia ter se machucado, já que o Magro havia absorvido o grosso da queda com seu robusto ainda que esguio corpo. Olhou para seu companheiro e viu que ele estava engalfinhado com alguém... ou alguma coisa.

- Ei!! Tira isso de cima de mim! - O garoto mais novo tentava a todo custo sair de baixo de um Orc, não muito maior do que ele mesmo, e talvez bem mais novo. A criatura também tentava se desvencilhar desajeitadamente e acabava cada vez mais embolado com o Ruivo, o menino tinha certeza que que o bicho estava rindo dele. O Magro já havia se levantado, carregando a garota no colo, e ainda com o sorriso de orelha a orelha. A garota, ruborizada pela situação, disse:

- Ahn... Você já pode me por no chão, moço... Eu estou bem. - Disse ela quase num sussurro.

- Tem certeza? Mesmo? Olha lá, hein? Você pode ter se machucado na queda e está aí se fazendo de forte. É isso mesmo que você quer? Eu não tenho problema algum em te carregar pra onde você quiser. - O magro abriu um largo sorriso. A menina, ainda mais encabulada, limitou-se a desviar o olhar para o chão. Entendendo o recado, ele deixou-a ir suave. - Por mim tudo bem, então, senhorita...

A menina sorriu encabulada para o magro, que ia emendar alguma gracinha, mas foi interrompido pelo Ruivo que esbarrou nele gritando enquanto corria:

- Ei!! Essa coisa quer me morder!!! Xô! Passa fora! - Fugindo do orc, que o perseguia rosnando, o Ruivo pela primeira vez olhou para o rosto da menina-elfa, fazendo-o parar tão repentinamente que o orc quase trombou com ele. O ruivo sentiu seu coração disparar e eu mundo cair:

- Nossaaaaa... vocêêê... é linda.... demais... - Disse ele, esquecendo completamente do orc.

- Caramba, Ruivo! Larga a mão de ser desastrado.... - Resmungou o Magro, dando um sonoro tapa na testa.

- Ahhn... Obrigada, eu acho. Você também e muito cutchi-cutchi, ruivinho... Ah, e não se preocupe com o ORKUT, ele é o meu Pet. Ele é bem educado, não morde e já tá vacinado. - Disse ela com um sorriso sincero, enquanto o Orc rosnava ameaçadoramente para o ruivo..

- Mas... como foi que você apareceu no meio do ar, assim do nada? - Perguntou o Magro

- Ahh... É que eu me tornei Noviça não tem muito tempo, então eu fui treinar Teleporte... Mas pelo visto preciso treinar mais.. - Só depois que a garota falou que os garotos perceberam que ela vestia os mantos cor creme da Igreja da Ordem da Luz de Prontera.

- Aaahn, táááá... - Disseram ambos ao mesmo tempo.

- Bom, obrigada pelo resgate, meninos, mas eu tenho de ir... tchauzinho. - Ela piscou para o magro e se afastou deles, andando devagar.

- Uiiiiaaa... Mas o que foi isso, magro? - Perguntou o Ruivo, ainda babando pela noviça.
- Meu charme....hehehehe - Respondeu o garoto mais velho. De repente, os dois ouviram um estalo surdo, e o barranco onde estavam cedeu, cairam os dois dentro dá água, rindo.

Os dois se levantam, encharcados, e deitam-se na margem do rio. O ruivo cruza os braços debaixo da cabeça, solta um suspiro, e diz

- Putz grila, mas eu sou um azarado mesmo... uma janela quebrada que vai me render um belo pito dos meus pais, molhado até os ossos, e logo no dia em que resolve chover elfas...

- No teu colo cai um orc! - emenda o magro, e os dois caem na gargalhada.

Quando estão razoavelmente secos, eles recolheram suas coisas e foram se sentar na escadaria do Palacio. Mal haviam chegado e sentado durante alguns minutos, quando começaram a ouvir vozes, de outros garotos que começavam a chegar ao mesmo local que eles. No meio do tagarelar incessante das crianças, eles distinguiram um assunto bastante interessante:

- Eu tô falando, cara! Ele cortou o bicho em dois com um golpe só! - Disse um deles.

- Um golpe? Só um? Ele detonou trinta bichos com uma mão e ainda salvou uma velhinha com a outra!!! - Contou o segundo.

- Vocês não sabem de nada mesmo, manés... Ele pegou um Phreeoni no braço e ainda fez ele pedir penico!!! - Disse o terceiro com um careta.

- Mas de quem vocês estão falando? - Perguntou o Ruivo.

- Ora, de quem mais poderia ser? Você vive mesmo no mundo da lua, hein, Ruivo? Do L0BB0, o Espadachim!! - Disse o Magro.

- Ah tá... O GUERREIRO QUE LUTA EM NOME DO AMOR E PELA JUSTIÇA E PUNE OS MAUS EM NOME DA LUA!!!! - Berrou o Ruivo, levantando-se empolgado.

- Sim, ele mesmo! Ouvi dizer que quando ele era garoto, mataram os pais dele, aí ele resolveu buscar a justiça e lutar com a corja de criminosos covardes e supersticiosos!! - Disse o primeiro garoto do grupo.

- É ele mesmo...ouvi dizer que ele não é nem Humano... - Começou o segundo ao mesmo tempo.

- É sim, dizem que ele é filho de um deus aí. - Atalhou o terceiro.

- Que nada, cês tão tudo errado! Ele caiu numa fazenda quando era só um bebê, vindo do céu num barco de metal!! - Disse o Ruivo.

- Não é nada disso!! Dizem que um Andarilho amaldiçoado mordeu ele quando estava caçando, e ai ele ficou com os poderes do Andarilho e... - Voltou o primeiro garoto

- Mas Andarilhos não mordem...- Disse o Magro.

- Nãããão... Falam por aí que ele era um Mago... E ele criou uma magia muito poderosa, chamada "A IRA GAMA"... Só que quando ele foi testar ela, ela explodiu na cara dele.. ai toda vez que ele se irrita, ele ... incha... fica enorme... E roxo. Roxo de cabelos brancos... -Disse o segundo.

- Nadaaa... Ele é a reencarnação do "Espadachim Chaos"!!! - Disse o terceiro.

- Vocês é não sabem de nada MESMO... Ele é meio-humano e meio-monstro, filho de uma sacerdotisa com um MVP, possivelmente o Doppleganger, e ainda mais, dizem que um bruxo aproveitou de ele ser assim e fez uma experiência com ele para ele ser o primeiro humano a andar Sozinho em outro Planeta!!! Ele é um Quimera!!! - Disse o Magro, empolgado.

Toda a audiência olhou para ele, alguns coçando a cabeça, confusos. Normalmente o Magro era o que mais forçava quando contava alguma historia, mas nunca era possível saber se ele estava falando a verdade ou não, tanta a empolgação dele.

O L0BB0, ou melhor, sua fama, havia surgido há menos de um ano, primeiro nas redondezas de Prontera, mas estas histórias viajaram muito rápido e agora elas corriam soltas pelo continente. Mesmo com o pouco tempo em que se acreditava que ele teria deixado a academia de Izlude, ele já havia acumulado muitos feitos e grande reconhecimento, e com certeza ele deveria ser um guerreiro extraordinário.

Um garoto, recém unido ao grupo, de repente, tirou um pergaminho amarrotado e desgastado pelo manuseio, de dentro das calças e gritou:

- Há! Morram de inveja todos vocês!! Eu consegui a mais recente edição Ilustrada do A.C.L., "Aventuras do Cavaleiro L0B..." - Antes mesmo de terminar a frase, o bando de garotos pularam em cima dele, tentando tomar-lhe o pergaminho que, pela força e tamanho, acabou nas mãos do Magro, ele sabia fazer valer sua vontade. Ele se sentou na escadaria e abriu o pergaminho, enquanto todos os outros garotos se juntaram ao redor dele e começaram ver as figuras contidas no pergaminho, enquanto o Ruivo, um dos poucos ali que sabiam ler, entoava em voz alta as palavras impressas:

"O garboso espadachim de cabelos brancos caminhava pelo amplo salão, observando todos os detalhes: em um dos cantos havia um escrivaninha finamente trabalhada, e no outro uma janela que dava para um bela sacada, e no centro da sala ele a viu. Aproximando-se da Dama de vestido vermelho, ele agarrou-a pela cintura, puxando-a de encontro à sua rígida armadura, ao mesmo tempo em que retirava o reluzente elmo que lhe protegia a cabeça e aproximava o seu rosto do dela. Passando a mão direita pelo rosto delicado da Dama, afastando uma mecha do seu cabelo castanho, ele disse:

- Teus olhos... teus olhos emitem uma luz como a que irradia com o fulgor do cristal refletido à luz do luar... A luz das estrelas são pálidas, perto de ti...Cara Mia... Diga que serás minha esta noite, de corpo, mente e alma, milady...


Ele estava prestes a tocar seus lábios rubros, quando o Alcaide seguido por sua guarda pessoal invadiu o salão, gritando:

- Então sois tu, rebelde imundo, que ousa tocar minha filha! Teje Preso!!!!

Avançaram todos de uma só vez contra ele, enquanto o garboso L0BB0, de um só movimento sacou sua espada, afastando a Dama para o lado com sua mão livre e movendo-se para protegê-la com seu corpo. Logo ele foi cercado por cinco oponentes, ao mesmo tempo que o Alcaide golpeou-o selvagemente com seu sabre num corte de cima para baixo, mas nosso herói aparou-o facilmente com sua poderosa espada, e enquanto a guarnição de fascinoras se preparava para atacar ele repeliu a arma de seu oponente em um movimento circular, e com um poderoso golpe contra o chão gerou uma explosão flamejante, derrubando a corja que acompanhava, ao mesmo tempo em que saltava para o ar, dando uma cambalhota por cima do Alcaide e caindo graciosamente por tras dele, encostando a lamina de sua espada no pescoço do oponente, dizendo:

- Rebelde sois tu, vilão! Rebelaste-te pela ultima vez contra a JUSTIÇA!! Sois um calhorda e como tal será tratado!! Aí, véio, dançô!

- Não, nobre cavaleiro! Por piedade, eu lhe imploro! Não mates meu...Painho!!!! - Gritou a dama de vermelho.

O Espadachim deu dois passos para tras, retirando a lâmina do pescoço de seu oponente, mas não abaixou a guarda.

- Por ti, cara mia, eu o pouparei...por agora. - L0BB0 então correu pela sala, abrindo a janela de um pontapé e preparando-se para saltar por ela, sendo interrompido em sua ação por um grito do Alcaide:

- Arrepender-te-á de não ter-me matado, mané... Chutar-te-ei-lhe o traseiro!! Venha minha fera!!!

O Alcaide acionou uma alavanca secreta junto à mesa. A janela fechou-se de um golpe atras do espadachim, atordoando-lhe com o susto, e duas grades de aço reforçado desceram, uma fechando a janela, e outra cortando a metade da sala, separando a dama e seu pai do galante cavaleiro, que agora via-se preso numa jaula.

Um grande alçapão abriu-se do chão e uma enorme criatura reptilica saiu dele, coberta de escamas tão rigidas que parecia que vestia uma armadura intransponível. Nosso herói sentiu o cheiro fétido exalado pela criatura como uma chicotada em seus sentidos. Aproveitando a brecha, a criatura saltou contra L0BB0, que sentiu o choque contra seu corpo, mas agil que era conseguiu rodopiar em pleno ar, virando a criatura contra a grade em que iria chocar-se, que desabou sob o peso combinado dos gladiadores, e a violência do golpe fê-los passar direto pela sacada, derrubando-os do alto do castelo em direção ao fosso repleto de Anolians, enquanto o heroi acertava ininterruptamente a criatura vil com sua espada, gritando:

- GOLPE FUUUUUULL... MINAAAAAAAAN... TEEEEEEeeeeeeeeeeee....

Conseguirá nosso herói escapar desta vil ameaça?

Não percam nosso excitante próximo capítulo."


- Affe...Ora!! Oras!! Ele... - Começou a esbravejar o Ruivo, atordoado, mas foi interrompido por um voz grave:

- Sim, sim, o senhor L0BB0 é um jovem corajoso sim... Estas historinhas não fazem juz à sua real grandiosidade... Mas mesmo ele apenas segue os passos de outra figura, muito maior que ele mesmo... - Disse um Senhor de cabelos grisalhos que ainda tinham um certo tom esverdeado, se aproximando do grupo apoiado numa bengala. Todos os garotos viraram-se para ele e gritaram:

- Senhor Eléfe!!!

O velho sentou-se mais acima dos garotos nos degraus da escadaria, e todos os pequeninos se voltaram para ele. Era idoso, sim, mas ainda era vigoroso, pois seu corpo havia sido talhado por um vida de aventuras ao redor do mundo, e mesmo na sua aposentadoria procurava manter-se em forma. Muitas outras crianças agora aconchegavam-se como podiam ao redor dele, seguindo-o desde sua casa que ficava em uma colina um pouco afastada do centro da cidade, e todas agora faziam silêncio, esperando ele começar a falar. O velho tinha feito disso seu passatempo, contando historias de seu passado, aproveitando para ensinar ética e bons modos aos garotos. Ele tinha tido um vida intensa, cheia de atribulações correndo o mundo, mas só na velhice Eléfe Santos havia encontrado o que sempre procurou.

- Que historia vai nos contar hoje, Senhor Eléfe? - Perguntou o Magro. O velho olhou para ele, pensou durante um segundo e piscou, falando com um sorriso:

- Pois bem, crianças! Quando eu era jovem, muito, mas muito tempo atraz, eu era um Espadachim. Claro, não tão brilhante quanto o jovem L0BB0, mas era um espadachim de certo modo habilidoso. Eu acabei me tornando um aventureiro, mas não para fazer fortuna como muitos, pois na verdade eu buscava alguma prova de verdade da Lenda do Herói, e acredito que o L0BB0 também o busque hoje; uma prova de que O Maior Herói de Todos Os Tempos realmente existiu...Voces gostariam de conhecer esta lenda, garotos?- Perguntou matreiro.

- Maior mesmo que o Espadachim Chaos? - Perguntou o Ruivo.

-Sim ainda maior que o Chaos! Ele foi o mais justo e mais heróico, um verdadeiro paladino, que lutava por um sonho, e o nome desde paladino era... - Fez uma pausa dramática, observando os garotos boquiabertos:

-Sir Alexander Hottoni, O Nerd...

Depois de alguns 'ohhhhh' de sua audiência, ele continuou:

- E é a Lenda do Maior Herói de Todos os Tempos que irei desvendar para vocês agora... Ela começa assim...

Continua.....

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